DA REDAÇÃO

Israel não permitiria que o líder palestino Iasser Arafat retornasse à Cisjordânia se ele deixasse a região, afirmou ontem um porta-voz do primeiro-ministro Ariel Sharon. "Ele é livre para sair, mas não é livre para voltar", disse Raanan Gissin, porta-voz de Sharon.
Gissin afirmou que os palestinos questionaram autoridades israelenses sobre a possibilidade de Arafat participar de conferências internacionais.
Segundo o porta-voz, Sharon explicou a seu gabinete que não permitiria a volta de Arafat.
"Nós consideramos Arafat irrelevante por algum tempo, e muita gente no mundo está percebendo isso também. Se ele não estivesse aqui, talvez os palestinos pudessem escolher um novo modo e uma nova liderança", disse.
O ministro palestino Saeb Erekat disse que a posição de Sharon era "indigna" e o acusou de "sabotar" esforços de paz no Oriente Médio.
Arafat tem estado confinado a seu quartel-general em Ramallah, na Cisjordânia, com tanques em volta do complexo presidencial palestino controlando a região. Arafat deixou o complexo poucas vezes para visitar locais de choques após uma incursão israelense em abril.