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Aval a 3º mandato de Uribe sobe, diz pesquisa
Colombiano tem 63% das intenções de voto, mas "re-reeleição" depende ainda de referendo sub judice
DA REDAÇÃO
Embora não tenha anunciado oficialmente pleitear a "re-reeleição" e a legalidade da
eventual postulação dependa
do aval da Justiça, o presidente
da Colômbia, Álvaro Uribe, seria hoje reconduzido ao cargo
com 63% dos votos, de acordo
com pesquisa divulgada ontem.
Eleito em 2002 e reeleito em
2006 -após polêmica alteração constitucional para permitir a reeleição-, o presidente
da Colômbia corre contra o
tempo para desatar um nó jurídico e viabilizar, a tempo das
eleições de maio, o referendo
que permitirá sua segunda recondução consecutiva.
O resultado da pesquisa de
ontem, realizada pelo Ipsos Napoleón Franco -com margem
de erro de três pontos e meio-,
consolida tendência de crescimento já verificada em outras
sondagens. Em maio, Uribe tinha 57% de intenção de voto.
Na pesquisa de ontem, em
um distante segundo lugar aparece o opositor Gustavo Petro,
do Polo Democrático Alternativo (PDA), com apenas 8% das
intenções de voto. O terceiro
colocado é o também oposicionista Rafael Pardo, com 5%. A
sondagem foi realizada entre os
dias 28 e 29 do mês passado.
Em um cenário sem Uribe,
aparecem empatados três candidatos, todos com 11% das intenções de voto: Petro, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel
Santos e Andrés Felipe Arias,
do governista Partido Conservador. Santos e Arias dizem que
só concorrerão à Presidência
caso Uribe não esteja na cédula.
Referendo
O aparentemente incontestável favoritismo do presidente
reflete o impasse político que
vive a Colômbia atualmente, a
oito meses da eleição para a Casa de Nariño -sede do governo- e na dependência de uma
complexa operação para viabilizar o continuísmo uribista.
No momento, os aliados do
presidente, que tem índices de
popularidade na casa dos 70%,
aguardam a decisão da Corte
Constitucional sobre o referendo aprovado no começo de setembro no Congresso, após
uma tramitação cercada de denúncias de irregularidade.
A expectativa é que até o começo de dezembro a Corte
-cujos membros foram em sua
maioria indicados por Uribe-
decida pela constitucionalidade da consulta. Uribe deverá
então convocar por decreto o
referendo para entre janeiro e
fevereiro, preveem os uribistas.
A manobra é contestada pela
oposição, que alega não haver
tempo hábil para que Uribe viabilize a alteração constitucional e apresente a candidatura
dentro do prazo previsto em lei.
Segundo a sondagem do Ipsos Napoleón Franco, o "sim"
no referendo seria aprovado
hoje com dois terços dos votos.
Analistas atribuem o recente
aumento na intenção de voto
em Uribe aos ataques sofridos
pelo novo acordo militar com
os EUA, além da já consolidada
política de segurança que debilitou as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia).
Com agências internacionais
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