São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004

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"Esta campanha foi uma jornada maravilhosa", afirma democrata

DA REDAÇÃO

O senador democrata John Kerry iniciou o dia de votação fazendo um comício em Toledo, Ohio. Era pouco mais de meia-noite e Kerry falava a simpatizantes em um hangar, a poucos metros de seu avião.
"Não sei se George [W.] Bush está em sua cama em Crawford, mas eu ainda estou aqui lutando por cada voto", disse o candidato.
Algumas horas mais tarde, pela manhã, ele já estava em La Crosse, Wisconsin. Kerry pessoalmente ajudou na distribuição de material de campanha para os voluntários que tentariam conseguir os últimos votos no Estado e voltou a criticar seu rival.
"Nós precisamos de um comandante-em-chefe que saiba como trazer outras nações para a mesa de negociações", afirmou o democrata.
O vôo de Kerry e sua equipe de La Crosse para a base em Boston, para onde o senador não viajava há mais de um mês, foi bastante emotivo. O candidato reuniu seus assessores e os presenteou com molduras em prata para fotos. Houve palmas, logo substituídas por lágrimas e abraços.
"Nós choramos porque foi um momento bonito, não porque soubemos de algo sobre as urnas", disse a diretora de comunicações da campanha, Stephanie Cutter.
"É realmente importante que as pessoas saiam de casa para votar e expressar seu amor por nosso país, independentemente de em quem elas votarem. Nós queremos que as pessoas participem", disse Kerry após votar em Boston (Massachusetts), acompanhado pela mulher, Teresa, e as filhas Vanessa e Alexandra. "Esta campanha foi uma jornada incrível. Uma jornada maravilhosa.", acrescentou.

Amuleto
Supersticioso, Kerry pretendia almoçar na Union Oyster House, aberta em 1826 e que se anuncia como "o restaurante mais antigo dos EUA". O local, que é visitado por Kerry nos dias de eleição, se tornou célebre por ser um dos lugares preferidos do presidente John Kennedy em Boston.
Kerry, que mantém até hoje as placas de identificação usadas na Guerra do Vietnã, também passou a carregar um amuleto que ganhou de um ancião da tribo navajo durante uma visita ao Novo México. "Um chefe indígena me deu isso e disse que eu seria eleito se o levasse comigo. Bem, eu o levo. Não vou me arriscar", confessou em uma entrevista recente.


Com agências internacionais


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