DA REDAÇÃO

As forças israelenses demoliram a casa do suicida palestino Eli Amer Alfar, 16, que se explodiu ontem em atentado terrorista em um mercado popular de Tel Aviv, matando três pessoas.
A ação de Israel faz parte da política do governo do premiê Ariel Sharon para coibir as atividades terroristas nos territórios palestinos. As casas de dois líderes da organização terrorista de cunho nacionalista FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina) também foram derrubadas.
Ao todo, 29 pessoas ficaram desabrigadas -12 da família de Alfar. Nos últimos três anos, Israel já demoliu 612 casas de pessoas acusadas de serem terroristas.
As casas demolidas ontem ficam no campo de Askar, perto de Nablus (Cisjordânia). Os israelenses fecharam os acessos à cidade. Moradores disseram que as ruas estavam calmas.
A mãe do adolescente suicida havia condenado os responsáveis pelo envio do filho dela para cometer o atentado terrorista em Tel Aviv. Mas ontem Samira Abdullah mudou de opinião após os israelenses demolirem a sua casa. Ela passou a dizer que seu filho era um herói e que estava orgulhosa por ele se sacrificar pela causa palestina.
"O objetivo é impedir que as famílias permitam que seus filhos cometam ataques. E essa prática tem sido eficiente", disse o porta-voz do Exército, capitão Sharon Feingold.
Grupos de defesa de direitos humanos e autoridades palestinas condenam as demolições, afirmando que esse tipo de ação é uma punição coletiva.