DA REDAÇÃO

A ONU tenta hoje fazer chegar a cerca de 50 mil refugiados o primeiro pacote de ajuda humanitária desde o recrudescimento, há uma semana, dos confrontos entre as forças regulares congolesas e os rebeldes tutsis comandados pelo general Laurent Nkunda, no leste da República Democrática do Congo (ex-Zaire).
O comboio, formado por agências da ONU e ONGs humanitárias, sairá da capital da Província de Norte Kivu, Goma, em direção à localidade de Rutshuru, a 70 km. A região está tomada pelos rebeldes, que se comprometeram, porém, a manter aberto um corredor humanitário para o transporte da ajuda.
"Nossa prioridade é começar a agir em várias áreas de Rutshuru e Kiwanja. Estamos levando remédios, água e produtos de higiene", disse Gloria Fernandez, chefe da operação humanitária da ONU no Congo.
Os chanceleres da França, Bernard Kouchner, e do Reino Unido, David Miliband, que visitaram Congo, Ruanda e Tanzânia nos últimos dias, pediram ontem ajuda humanitária urgente. Mas descartaram o envio de uma força européia para a região.
O conflito no ex-Zaire já dura 14 anos, entre dois períodos de conflitos abertos (1996-1997 e 1998-2003) e frágeis acordos de cessar-fogo, o último deles de janeiro, e remete ao genocídio de 1994 de Ruanda.