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Annan recebe apoio mundial em meio a crise
DA REDAÇÃO
Embaixadores de países de
todo o mundo manifestaram
ontem apoio ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, depois que o senador dos EUA
Norm Coleman pediu sua renúncia por causa do escândalo
de corrupção em torno do programa petróleo por comida.
O presidente dos EUA, George W. Bush, por sua vez, exigiu
uma investigação "completa e
transparente", mas não quis se
manifestar sobre o pedido.
"Espero uma explicação dos
fatos e uma avaliação honesta
sobre o que aconteceu. É importante para a integridade da
organização que haja uma
completa e transparente investigação", disse o presidente. Segundo Bush, é preciso investigar "para que os americanos
que pagam impostos nos EUA
se sintam confortáveis em
apoiar a ONU".
Houve ontem uma série de
manifestações de solidariedade
a Annan. Líderes e representantes dos principais países da
Europa se manifestaram em favor do secretário. "A Alemanha e a França renovam seu total apoio a Kofi Annan", disse o
presidente francês, Jacques
Chirac, depois de falar com o
chanceler (premiê) Gerhard
Schröder.
O embaixador britânico,
Emyr Jones Parry, disse que o
Reino Unido "dá apoio total ao
sistema multilateral, às Nações
Unidas e ao seu secretário-geral". A mesma posição foi apresentada pelo o embaixador da
Espanha, Juan Antonio Yanez-Barnuevo, que afirmou que todos querem apoiar Annan "no
momento em que há ataques
injustos". Ele disse esperar que
ele continue a ser "uma esperança para todos".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Yuri Fedotov, foi mais incisivo. Para ele,
as críticas "não têm fundamento e são motivadas pelo desejo
de reduzir o papel da ONU e de
abalar os princípios do multilateralismo nas relações internacionais".
Annan também foi apoiado
ontem por embaixadores de
Argentina, Argélia, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Egito,
Itália, Marrocos, México, Paquistão e Turquia.
Anteontem, o senador republicano Norm Coleman, presidente do Subcomitê Permanente do Senado para Investigações, que investiga o programa petróleo por comida, pediu
a renúncia de Annan.
Ele afirmou que o ditador deposto do Iraque, Saddam Hussein, roubou mais de US$ 21,3
bilhões do programa. "Já está
na hora de o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, renunciar.
Cheguei a essa conclusão porque a maior fraude da história
da organização ocorreu sob o
seu controle."
Com agências internacionais
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