São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GUANTÁNAMO

Informes implicam governo espanhol no envio de presos

DA REDAÇÃO

Documentos secretos datados de janeiro de 2002 e divulgados pelo jornal "El Pais" implicam o governo espanhol, então presidido por José María Aznar, no envio de detentos à prisão da base americana em Guantánamo.
Segundo os informes da embaixada americana em Madri, o governo espanhol permitiu que, pouco depois da derrubada do regime Taleban, aviões militares dos EUA fizessem escala na Espanha a partir do Afeganistão, levando suspeitos de terrorismo detidos sem acusação formal e privados de seus direitos legais.
Nas cartas, funcionários do governo Aznar recomendavam discrição à Espanha quanto ao uso de seu espaço aéreo e ao pouso de aviões americanos em solo espanhol. E também sugeriam aeroportos militares em vez de civis, por serem mais "discretos".
A revelação gerou troca de acusações entre o atual presidente do governo, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, e seu opositor Aznar. Membros do Partido Popular, de Aznar, alegam que, dos 11 vôos que teriam aterrissado na Espanha, 9 foram quando Zapatero já estava no poder. O atual governante negou saber do ocorrido.
Em 2006, um relatório da Comissão de direitos humanos do Conselho da Europa já acusava 14 países do continente -entre eles a Espanha- de terem cedido seu território para o pouso de vôos da CIA (agência de inteligência dos EUA) com suspeitos de terrorismo levados a outros países, onde seriam torturados.


Texto Anterior: Governadores pedem US$ 176 bilhões a Obama
Próximo Texto: Bolívia: Oposição anuncia retomada de protestos por prisões de La Paz
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.