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GUANTÁNAMO
Informes implicam governo espanhol no envio de presos
DA REDAÇÃO
Documentos secretos datados de janeiro de 2002 e divulgados pelo jornal "El
Pais" implicam o governo espanhol, então presidido por
José María Aznar, no envio
de detentos à prisão da base
americana em Guantánamo.
Segundo os informes da
embaixada americana em
Madri, o governo espanhol
permitiu que, pouco depois
da derrubada do regime Taleban, aviões militares dos
EUA fizessem escala na Espanha a partir do Afeganistão, levando suspeitos de terrorismo detidos sem acusação formal e privados de seus
direitos legais.
Nas cartas, funcionários
do governo Aznar recomendavam discrição à Espanha
quanto ao uso de seu espaço
aéreo e ao pouso de aviões
americanos em solo espanhol. E também sugeriam
aeroportos militares em vez
de civis, por serem mais "discretos".
A revelação gerou troca de
acusações entre o atual presidente do governo, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, e seu opositor Aznar.
Membros do Partido Popular, de Aznar, alegam que,
dos 11 vôos que teriam aterrissado na Espanha, 9 foram
quando Zapatero já estava
no poder. O atual governante
negou saber do ocorrido.
Em 2006, um relatório da
Comissão de direitos humanos do Conselho da Europa
já acusava 14 países do continente -entre eles a Espanha- de terem cedido seu
território para o pouso de
vôos da CIA (agência de inteligência dos EUA) com suspeitos de terrorismo levados
a outros países, onde seriam
torturados.
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