|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pleito para governador é trunfo anti-La Paz
DA ENVIADA A SANTA CRUZ
"Não acredito que o governo
vá seguir o modelo venezuelano. Evo Morales sabe que isso
prejudicaria a própria Bolívia",
diz o produtor de soja brasileiro Cezar Tillmann, parte de
uma associação responsável
por cerca de 10% do grão produzido em Santa Cruz.
A reportagem encontrou
Tillmann pela primeira vez em
dezembro de 2007, quando ele
estava apoiando ato pela autonomia administrativa cruzenha e contra o governo Evo
Morales. Agora, ele diz que o
"voto é secreto". A cautela mostra a mudança de ventos políticos em Santa Cruz, reflexo tanto do debilitamento da oposição como das concessões do governo. A nova Constituição não
permite propriedades maiores
que 5 mil ha, mas, em pacto
com a oposição, ficou decidido
que a regra não será retroativa.
Enquanto o governo Morales
tenta fazer acenos a parte do
empresariado e dos produtores, a principal oposição, concentrada nas chamadas "terras
baixas", Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija, tenta se recobrar de
sua crise para a batalha mais
importante: a eleição para governador, em abril de 2010.
É a votação nos nove departamentos bolivianos que definirá se La Paz lidará com um
mapa político-regional mais favorável do que no primeiro
mandato de Evo Morales, eleito
em 2005 ao lado de seis governadores de oposição. A oposição cruzenha ainda não tem
candidato único, mas é improvável que o governo vença aqui.
Texto Anterior: Debilitada, oposição tenta, no Senado, frear Evo Morales Próximo Texto: Congresso ataca plano para Afeganistão Índice
|