São Paulo, segunda-feira, 04 de janeiro de 2010

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Teerã lança ultimato sobre plano nuclear

DA REDAÇÃO

O Irã advertiu anteontem de que o Ocidente tem um mês para aceitar uma contraproposta a um acordo sobre seu programa nuclear. Caso contrário, ameaçou produzir combustível nuclear altamente enriquecido.
O alerta é um sinal do endurecimento da posição iraniana nas negociações. O Ocidente crê que o país persa planeje desenvolver armas nucleares, mas Teerã insiste em que o objetivo do programa é pacífico.
"Demos a eles um ultimato. Falta um mês e isso será no final de janeiro", afirmou o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki. "Eles [o Ocidente] devem decidir entre duas ofertas para o fornecimento de combustível para o reator de Teerã -venda ou troca. Caso contrário, a República Islâmica do Irã irá produzir combustível enriquecido em 20%", completou.
Em outubro passado, o P5+1 (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia) deu prazo até o final de 2009 para que o Irã aceitasse enviar à França e à Rússia a maior parte de seu urânio para, em troca, receber combustível nuclear para ser usado no reator de pesquisas médicas de Teerã.
O acordo reduziria o estoque de urânio do país, limitando a capacidade de fabricar armas.
Além de recusar o prazo, Teerã fez uma nova proposta: comprar combustível nuclear do Ocidente ou trocá-lo, em etapas, por seu urânio.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Mike Hammer, criticou o ultimato, afirmando que "a AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica] tem uma proposta equilibrada sobre a mesa". "Se acesso ao combustível é o objetivo do Irã, não há razão para que a proposta existente, que o Irã aceitou em princípio, seja insuficiente."


Com agências internacionais e "Financial Times"


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