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Teerã lança ultimato sobre plano nuclear
DA REDAÇÃO
O Irã advertiu anteontem de
que o Ocidente tem um mês para aceitar uma contraproposta
a um acordo sobre seu programa nuclear. Caso contrário,
ameaçou produzir combustível
nuclear altamente enriquecido.
O alerta é um sinal do endurecimento da posição iraniana
nas negociações. O Ocidente
crê que o país persa planeje desenvolver armas nucleares,
mas Teerã insiste em que o objetivo do programa é pacífico.
"Demos a eles um ultimato.
Falta um mês e isso será no final de janeiro", afirmou o chanceler iraniano, Manouchehr
Mottaki. "Eles [o Ocidente] devem decidir entre duas ofertas
para o fornecimento de combustível para o reator de Teerã
-venda ou troca. Caso contrário, a República Islâmica do Irã
irá produzir combustível enriquecido em 20%", completou.
Em outubro passado, o P5+1
(EUA, Reino Unido, França,
Alemanha, China e Rússia) deu
prazo até o final de 2009 para
que o Irã aceitasse enviar à
França e à Rússia a maior parte
de seu urânio para, em troca,
receber combustível nuclear
para ser usado no reator de pesquisas médicas de Teerã.
O acordo reduziria o estoque
de urânio do país, limitando a
capacidade de fabricar armas.
Além de recusar o prazo,
Teerã fez uma nova proposta:
comprar combustível nuclear
do Ocidente ou trocá-lo, em
etapas, por seu urânio.
O porta-voz do Conselho de
Segurança Nacional dos EUA,
Mike Hammer, criticou o ultimato, afirmando que "a AIEA
[Agência Internacional de
Energia Atômica] tem uma
proposta equilibrada sobre a
mesa". "Se acesso ao combustível é o objetivo do Irã, não há
razão para que a proposta existente, que o Irã aceitou em
princípio, seja insuficiente."
Com agências internacionais e "Financial Times"
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