São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Em mais um sinal de crise, líder iraniano demite 14 assessores

Iniciativa surge após saída de chanceler e relatos de agressão

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, demitiu 14 assessores especiais no último final de semana, em mais um sinal de crise na cúpula do seu governo.
Mehdi Kalhor, que ocupava o cargo de assessor especial para assuntos de Cultura e Mídia, disse ontem que ele e 13 outros funcionários receberam no sábado uma carta de agradecimento assinada pelo presidente.
Segundo a imprensa estatal iraniana, entre os demitidos estão Davoud Danesh-Jafari (temas econômicos), Seyyed Kazem Vaziri Hamaneh (petróleo e gás) e Sousan Keshavarz (educação), uma das únicas mulheres a integrar o círculo mais próximo do presidente conservador.
Não está claro se os funcionários dispensados serão substituídos ou se os cargos serão extintos.
Kalhor afirmou que não foi dada justificativa para a decisão presidencial, que surge três semanas após a inesperada saída do chanceler Manouchehr Mottaki, destituído em plena viagem oficial.
As manobras de Ahmadinejad surgem em meio a crescentes relatos de disputas entre as fileiras conservadoras que dominam o regime.
O jornal "El País" relatou na semana passada, com base em documento do WikiLeaks, que o chefe da Guarda Revolucionária deu uma bofetada em Ahmadinejad durante uma reunião para lidar com a onda de protestos que sucedeu a controversa reeleição do presidente, em junho de 2009.
Segundo o "El País", o presidente enfrenta resistência de uma ala ainda mais radical do que ele. Teerã nega as afirmações do jornal e minimiza as divergências.
Um dos maiores inimigos internos de Ahmadinejad é Ali Larijani, influente chefe do Legislativo.
Ambos têm boas relações com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.


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