DO "NEW YORK TIMES"

A China acusou no final de fevereiro o maior partido de oposição de Hong Kong, o Democrata, de ser antipatriótico e querer derrubar o governo central (comunista). O ataque foi feito pela mídia estatal e levanta questões sobre o quanto Pequim tolerará a liberdade política no território.
A oposição em Hong Kong foi acusada de liderar "organizações que objetivam [...] subverter o governo central" e, portanto, seus líderes deveriam ser excluídos de cargos públicos.
A ameaça é a maior intervenção na política de Hong Kong desde que a ex-colônia britânica voltou a fazer parte da China, em 1997, embora com alto grau de autonomia política e econômica.
A partir de 2007, segundo a Lei Básica de Hong Kong, os governantes locais deverão ser escolhidos por sufrágio universal. Mas o governo em Pequim se opõe.
O Partido Democrata, que liderou no ano passado as manifestações contra o governo de Hong Kong escolhido pela China, deve assumir o controle sobre o Parlamento local em eleições no segundo semestre. "Pequim arrisca-se politicamente ao tentar amedrontar as pessoas a não votar nos democratas", disse Wu Guoguang, especialista em política na Universidade Chinesa de Hong Kong.


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