|
Texto Anterior | Índice
CARIBE
Líder rebelde haitiano diz que vai desarmar-se
DA REDAÇÃO
Pressionado pelos EUA, o principal líder dos rebeldes haitianos,
Guy Philippe, prometeu ontem
desarmar suas forças e retirá-las
das ruas de Porto Príncipe.
No lado institucional, a situação
do país segue conturbada. O Legislativo está fechado, o novo presidente não aparece em público
desde domingo, quando assumiu
o cargo, e o premiê Yvon Neptune
declarou "estado de emergência".
Segundo o premiê, o "estado de
emergência" visa criar condições
para se "restaurar a calma". Para
Neptune, o país está funcionando
"da melhor maneira que pode no
momento". "Não há Legislativo.
Os ministros estão escondidos.
Eu estou no meu gabinete, mas
minha capacidade de ação está severamente restrita", disse.
Após a renúncia de Jean-Bertrand Aristide, no último domingo, o presidente da Suprema Corte, Boniface Alexandre, assumiu a
Presidência, mas a Constituição
determina que a mudança seja
aprovada pelo Legislativo.
Ontem, 120 soldados chilenos
embarcaram para o Haiti onde
integrarão a força multinacional
de estabilização da ONU.
Protestos pró-Aristide
Três dias após a saída de Aristide, cerca de 2.000 pessoas, algumas armadas, fizeram um ato de
apoio ao ex-presidente em frente
ao palácio presidencial.
As milícias rebeldes circulam livremente por Porto Príncipe, enquanto as forças internacionais se
limitam a proteger o aeroporto, a
sede do governo e outros prédios
públicos importantes. Até ontem,
inúmeras execuções sumárias foram feitas pelos rebeldes.
Vários bairros da capital continuam sob o controle de partidários de Aristide. Ocorreram tiroteios entre os dois grupos no porto e na favela La Salines. Desde
domingo, foram levados para o
necrotério da capital 30 corpos.
A situação de Aristide continua
indefinida. Ele permanece na República Centro-Africana, mas
ainda não se sabe em que país ele
ficará exilado.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Guerra ao terror: Terroristas chantageiam governo francês Índice
|