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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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Ex-prisioneira teria lutado ferida

DA REDAÇÃO

Resgatada há três dias de um hospital iraquiano onde era mantida como prisioneira de guerra, a recruta americana Jessica Lynch, 19, teria lutado com os inimigos mesmo estando ferida antes de ser levada. O relato, publicado no jornal "The Washington Post", é atribuído a companheiros da recruta que estavam a seu lado quando sua caravana sofreu uma emboscada no sul do Iraque, no dia 23. O Pentágono não confirmou nem negou a versão.
Única prisioneira de guerra resgatada até agora, Lynch, que convalesce em um hospital de Landstuhl (Alemanha) usado pela coalizão anglo-americana, tem sido descrita pela imprensa americana como uma heroína.
O "Post" cita o depoimento de um oficial que pediu anonimato segundo o qual Jessica teria continuado atirando até sua munição acabar, mesmo estando ferida com tiros e facadas. Para o oficial, "ela não queria ser levada viva".
Não há, no entanto, confirmações oficiais do relato, já que a recruta ainda não foi interrogada por seus superiores. As informações até agora partiriam de fontes na inteligência que monitoraram comunicações iraquianas -de credibilidade discutível - e no campo de batalha, disse o "Post".

Saúde sob sigilo
Médicos que supervisionaram seu transporte do Iraque para o hospital alemão afirmaram que Jessica teria, como saldo de sua suposta luta contra os iraquianos, duas pernas quebradas, uma fratura no braço e diversos ferimentos de bala. Mas estaria "surpreendentemente bem".
O hospital limitou-se a informar que a condição da recruta é "estável". As Forças Armadas americanas têm mantido em sigilo detalhes sobre sua condição médica.
Na noite de quarta-feira, horas após chegar ao hospital alemão, Jessica telefonou a seus pais, que vivem na cidade de Palestine, no Estado americano da Virgínia Ocidental. Ela ligou novamente ontem quando, segundo sua mãe, Deandra Lynch, parecia melhor.
"Ela queria saber como todo mundo estava. Eu lhe disse apenas que ela é uma heroína americana", disse Deandra.
Segundo o pai de Jessica, Greg, a recruta deve ser transferida para o Hospital Walter Reed, em Washington.


Com agências internacionais


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