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Ex-prisioneira teria lutado ferida
DA REDAÇÃO
Resgatada há três dias de um
hospital iraquiano onde era mantida como prisioneira de guerra, a
recruta americana Jessica Lynch,
19, teria lutado com os inimigos
mesmo estando ferida antes de
ser levada. O relato, publicado no
jornal "The Washington Post", é
atribuído a companheiros da recruta que estavam a seu lado
quando sua caravana sofreu uma
emboscada no sul do Iraque, no
dia 23. O Pentágono não confirmou nem negou a versão.
Única prisioneira de guerra resgatada até agora, Lynch, que convalesce em um hospital de Landstuhl (Alemanha) usado pela coalizão anglo-americana, tem sido
descrita pela imprensa americana
como uma heroína.
O "Post" cita o depoimento de
um oficial que pediu anonimato
segundo o qual Jessica teria continuado atirando até sua munição
acabar, mesmo estando ferida
com tiros e facadas. Para o oficial,
"ela não queria ser levada viva".
Não há, no entanto, confirmações oficiais do relato, já que a recruta ainda não foi interrogada
por seus superiores. As informações até agora partiriam de fontes
na inteligência que monitoraram
comunicações iraquianas -de
credibilidade discutível - e no
campo de batalha, disse o "Post".
Saúde sob sigilo
Médicos que supervisionaram
seu transporte do Iraque para o
hospital alemão afirmaram que
Jessica teria, como saldo de sua
suposta luta contra os iraquianos,
duas pernas quebradas, uma fratura no braço e diversos ferimentos de bala. Mas estaria "surpreendentemente bem".
O hospital limitou-se a informar
que a condição da recruta é "estável". As Forças Armadas americanas têm mantido em sigilo detalhes sobre sua condição médica.
Na noite de quarta-feira, horas
após chegar ao hospital alemão,
Jessica telefonou a seus pais, que
vivem na cidade de Palestine, no
Estado americano da Virgínia
Ocidental. Ela ligou novamente
ontem quando, segundo sua mãe,
Deandra Lynch, parecia melhor.
"Ela queria saber como todo
mundo estava. Eu lhe disse apenas que ela é uma heroína americana", disse Deandra.
Segundo o pai de Jessica, Greg, a
recruta deve ser transferida para o
Hospital Walter Reed, em Washington.
Com agências internacionais
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