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Sharon defende mudanças no plano
DA REDAÇÃO
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse ontem que apresentará
uma nova versão de seu plano de
retirada da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia após a proposta
original ter sido rejeitada em referendo de seu partido anteontem.
"Quero dizer claramente que
haverá um novo plano", disse
Sharon a correligionários do Likud. O premiê não disse que mudanças fará antes de levar o plano
a seu gabinete e ao Parlamento.
Membros do Likud sugeriram
que o plano -que é apoiado por
EUA, Europa e pela maioria dos
israelenses, segundo pesquisas-
terá seu alcance reduzido.
O plano de Sharon previa a retirada de 7.000 colonos judeus de 21
assentamentos na faixa de Gaza,
assim como das tropas que os
protegem. E o desmantelamento
de quatro pequenas colônias judaicas na Cisjordânia.
Mas os membros do Likud
(centro-direita) o rejeitaram, por
60% votos contra 40%. Ontem,
moradores de um assentamento
em Gaza iniciaram a construção
de um novo bairro. "Estamos
aqui para ficar", disse Esther Lilienthal, 67.
Segundo Sharon, a saída de Gaza seria a melhor forma de obter
mais segurança, diante do impasse no processo de paz, e de reduzir
a pressão internacional por concessões maiores aos palestinos.
Para seus adversários, o plano é
uma "recompensa ao terror".
Já os palestinos acusam Sharon
de acenar com a saída de Gaza para reforçar o controle sobre a Cisjordânia, onde vivem cerca de 200
mil israelenses.
Segundo o presidente dos EUA,
George W. Bush, a saída de Gaza
daria uma uma nova dinâmica ao
processo de paz.
"Suponho que foi certamente
um revés para o plano inicial, mas
lembramos que há amplo apoio
público em Israel para a retirada
de Gaza", disse ontem o porta-voz
do Departamento de Estado dos
EUA, Richard Boucher.
"A alternativa é mais assassinatos, terrorismo e ataques sem que
tenhamos qualquer resposta razoável para a questão de o que
7.000 [colonos] judeus estão fazendo no meio de 1,2 milhão de
palestinos [em Gaza]", disse o vice-premiê de Israel, Ehud Olmert.
Com agências internacionais
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