São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2007

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Em 12 anos, 220 mil emigraram

DA REDAÇÃO

O último seqüestro de um avião em Cuba levado a cabo aconteceu em 2003 -o seqüestrador, com granadas, obrigou o piloto da aeronave AN-24 com 31 passageiros a bordo a ir até a Flórida, EUA, onde foi detido ao chegar.
Mas, diferentemente das fugas violentas como essa, o êxodo de cubanos é cada dia mais comum.
Desde 1995, 220 mil emigraram legalmente para os EUA. Os que não conseguem entrar na cota de 20 mil vistos anuais tentam chegar à Flórida de balsa - 2.000 balseiros em média por ano.
Espanha, México e Costa Rica são outros destinos procurados pelos cubanos que querem tentar a vida no exterior. O consulado espanhol em Havana recebe 500 pedidos de visto por semana.
Só no ano passado, houve 3.000 casamentos mistos, entre cubanos e espanhóis.
Os EUA chegaram ao acordo de 20 mil vistos anuais depois da invasão das costas da Flórida por quase 40 mil cubanos que remaram em 1994, fugindo da maior crise econômica de Cuba, na esteira do fim da ajuda financeira da antiga União Soviética.
Antes de 1994, o maior êxodo de cubanos rumo aos EUA aconteceu em 1980, quando 2.000 embarcações deixaram o porto de Mariel, a 40 quilômetros de Havana, levando 125 mil cubanos.
O êxodo teve como detonador a invasão da embaixada peruana por um grupo de cubanos que lançou um ônibus contra a representação diplomática.
O governo peruano concedeu asilo e Cuba, em represália, retirou a segurança da embaixada. Mais de 10.000 pessoas foram à embaixada nos quatro dias seguintes. Fidel Castro anunciou a abertura do porto de Mariel para quem quisesse deixar o país.
Entre as últimas fugas de balseiros, o incidente mais notório ocorreu em julho de 2003, quando 12 cubanos utilizaram um caminhão Chevy 1951 para chegar a Miami.
O caminhão se mantinha sem afundar graças a uma série de tanques vazios e uma pequena hélice conectada ao seu motor. Os balseiros de caminhão foram descobertos a 60 quilômetros ao sul de Key West, no Estado da Flórida, pela Guarda Costeira americana e mandados de volta a Cuba.


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