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Em 12 anos, 220 mil emigraram
DA REDAÇÃO
O último seqüestro de um
avião em Cuba levado a cabo
aconteceu em 2003 -o seqüestrador, com granadas,
obrigou o piloto da aeronave
AN-24 com 31 passageiros a
bordo a ir até a Flórida, EUA,
onde foi detido ao chegar.
Mas, diferentemente das
fugas violentas como essa, o
êxodo de cubanos é cada dia
mais comum.
Desde 1995, 220 mil emigraram legalmente para os
EUA. Os que não conseguem
entrar na cota de 20 mil vistos anuais tentam chegar à
Flórida de balsa - 2.000 balseiros em média por ano.
Espanha, México e Costa
Rica são outros destinos procurados pelos cubanos que
querem tentar a vida no exterior. O consulado espanhol
em Havana recebe 500 pedidos de visto por semana.
Só no ano passado, houve
3.000 casamentos mistos,
entre cubanos e espanhóis.
Os EUA chegaram ao acordo de 20 mil vistos anuais depois da invasão das costas da
Flórida por quase 40 mil cubanos que remaram em
1994, fugindo da maior crise
econômica de Cuba, na esteira do fim da ajuda financeira
da antiga União Soviética.
Antes de 1994, o maior
êxodo de cubanos rumo aos
EUA aconteceu em 1980,
quando 2.000 embarcações
deixaram o porto de Mariel, a
40 quilômetros de Havana,
levando 125 mil cubanos.
O êxodo teve como detonador a invasão da embaixada peruana por um grupo de
cubanos que lançou um ônibus contra a representação
diplomática.
O governo peruano concedeu asilo e Cuba, em represália, retirou a segurança da
embaixada. Mais de 10.000
pessoas foram à embaixada
nos quatro dias seguintes. Fidel Castro anunciou a abertura do porto de Mariel para
quem quisesse deixar o país.
Entre as últimas fugas de
balseiros, o incidente mais
notório ocorreu em julho de
2003, quando 12 cubanos
utilizaram um caminhão
Chevy 1951 para chegar a
Miami.
O caminhão se mantinha
sem afundar graças a uma série de tanques vazios e uma
pequena hélice conectada ao
seu motor. Os balseiros de
caminhão foram descobertos a 60 quilômetros ao sul
de Key West, no Estado da
Flórida, pela Guarda Costeira americana e mandados de
volta a Cuba.
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