|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nota de encerramento
tenta indicar otimismo
DA ENVIADA ESPECIAL A EVIAN
O comunicado final da reunião
do G8 passa uma mensagem de
otimismo com a recuperação da
economia e com sua "responsabilidade comum" em elevar o crescimento em seus países, contribuindo para a expansão mundial.
Para isso, os líderes dos oito países se comprometem com "reformas estruturais" em áreas como o
mercado de trabalho e Previdência. Nenhuma palavra sobre a depreciação do dólar em relação ao euro e ao iene, que foi um dos
principais temas do encontro.
Mas o presidente da França, Jacques Chirac, disse que os dirigentes do G8 estão seguindo "atentamente" o movimento das moedas. "Cada um considera que a estabilização das taxas de câmbio é
um elemento muito importante
para favorecer o crescimento."
O primeiro-ministro do Japão,
Junichiro Koizumi, disse que o
presidente dos EUA, George W.
Bush, afirmou preferir um dólar
forte. Para o Japão, a valorização
do iene em relação à moeda americana é uma ameaça à frágil recuperação da sua economia.
O primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien, justificou a ausência de uma menção ao tema na
declaração. "Em qualquer lugar
do mundo, o câmbio é fixado pelo
mercado. Temos de lidar com a
situação de cada economia", disse. Segundo Chrétien, a reunião
foi uma volta às origens, quando a
economia justificou a sua criação,
há 29 anos.
Não houve avanços para dar um
novo impulso às negociações comerciais, que estão emperradas
por causa do impasse nas áreas da
agricultura e de patentes para medicamentos, nas quais os interesses dos países ricos impedem concessões aos países em desenvolvimento.
Chirac disse que uma solução
para a questão do acesso a medicamentos -que envolve a exportação de genéricos- será encontrada até setembro, data da reunião ministerial da Organização
Mundial do Comércio (OMC).
Ele afirmou que "o compromisso
será o mais generoso possível".
Sobre os subsídios agrícolas,
Chirac reconheceu que não houve
avanços, devido a divergências
com os americanos.
(MLA)
Texto Anterior: Grupo "esquece" plano de Lula contra a fome Próximo Texto: Suíça calcula perdas em protestos Índice
|