São Paulo, sábado, 04 de junho de 2011

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"O Brasil não pode ser desprezado", afirma favorito

Pedro Passos Coelho já fala como primeiro-ministro e enumera em entrevista à Folha as vantagens da relação entre os dois países

DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

A eleição em Portugal é só amanhã, mas Pedro Passos Coelho, 46, líder do PSD, já fala como o novo primeiro-ministro do país. Ontem, último dia de campanha, ele falou à Folha antes de participar de um almoço com apoiadores no Mercado da Ribeira, em Lisboa.
Passos Coelho repetiu o que falam os líderes europeus quando o assunto é o Brasil: que uma maior relação comercial com o país é fundamental; que a economia brasileira é grande demais para ser desprezada e que pretende organizar visita ao Brasil depois de eleito.
O PSD (Partido Social Democrata), que é de centro-direita, lidera as pesquisas eleitorais, com pouco menos de 40% das intenções de voto -entre 5 e 8 pontos percentuais acima do Partido Socialista, seu principal oponente.

 


Folha - Muito se fala em Portugal da importância de ampliar as relações com o Brasil. Como colocar isso em prática?
Pedro Passos Coelho -
Precisamos de investimento externo e, nisso, o Brasil e as empresas brasileiras podem ter um papel fundamental.
Há interesses de empresas portuguesas no mercado brasileiro. O Brasil tem uma economia muito maior que a nossa e não pode ser desprezado. Há ainda vantagens para os dois países regionalmente. O Brasil pode ser para nós uma porta para toda a América Latina, e Portugal é uma porta privilegiada para os brasileiros acessarem o mercado europeu.

Pretende visitar o Brasil se for eleito?
Claro. O Brasil precisa ser prioritário para nós. Uma boa relação com o Brasil, com Angola e com outros países de língua portuguesa é fundamental para Portugal.

Portugal tem tantos problemas a enfrentar que será necessário um governo forte, com apoio parlamentar. Mas as pesquisas indicam que seu partido, caso vença, não obterá maioria absoluta.
Estamos atrás dessa maioria. Tenho certeza de que o povo português irá entender que não é o momento de dividir forças e nos dará os votos necessários no domingo. (VM)


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