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TPI
Conselho de Segurança adia por mais 12 dias decisão final sobre operação policial
ONU estende missão na Bósnia
DA REDAÇÃO
Com o apoio dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU aprovou unanimemente ontem uma extensão de 12 dias de uma missão de treinamento de policiais na
Bósnia que expiraria à meia-noite
(1h em Brasília).
Ao concordar com a extensão,
os EUA adiaram por ora sua exigência de imunidade ante ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a
seus soldados em missões de manutenção da paz no exterior.
Na segunda-feira, os EUA retiraram os três soldados americanos que participavam de uma força da ONU em Timor Leste, cumprindo a ameaça de retirar suas
forças de todas as missões da
ONU que integram caso elas não
tivessem imunidade no TPI.
No domingo, os EUA haviam
vetado a resolução da ONU para
dar continuidade à missão na
Bósnia, permitindo apenas que
ela fosse estendida por 72 horas.
Ontem, Washington apresentou uma nova proposta ao Conselho de Segurança que daria um
ano de imunidade ante o TPI a
soldados de países que não ratificaram o tribunal, como os EUA.
Após um ano, eles só poderiam
ser julgados no TPI após uma votação no Conselho de Segurança,
onde os EUA têm poder de veto.
A proposta foi rejeitada por dez
dos 15 membros do Conselho de
Segurança. Seis membros ratificaram o TPI, e seis o assinaram.
"Ninguém bateu a porta diante
de nossas propostas", disse ontem o embaixador americano na
ONU John Negroponte. "Tem sido uma luta difícil ganhar a aceitação de posições que temos defendido. Temos de encontrar alguma solução para esse problema, ou teremos de confrontá-lo
em várias situações diferentes."
O embaixador britânico na
ONU, Jeremy Greenstock, afirmou que o Conselho de Segurança voltaria a discutir as preocupações dos EUA em relação ao TPI
na próxima semana.
Segundo funcionários do governo dos EUA, mesmo que a missão
policial da ONU seja vetada, isso
não significaria a retirada de soldados americanos de uma missão
de manutenção da paz conhecida
como Sfor, criada sob o acordo de
paz de Dayton após a guerra de
1992-95 e liderada pela Otan.
Ari Fleischer, porta-voz da Casa
Branca, afirmou na segunda que o
governo apóia a missão de manutenção da paz na Bósnia, mas que
o TPI poderia ser uma armadilha
para americanos servindo no estrangeiro. Os EUA dizem temer
que seus cidadãos sejam acusados no TPI por razões políticas.
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