|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo provisório manda cancelar cartão de Zelaya
DA REDAÇÃO
O presidente deposto de
Honduras, Manuel Zelaya, passou a depender do próprio bolso ou da solidariedade externa
para bancar suas despesas com
viagens, alimentação e hospedagem desde anteontem, segundo a imprensa hondurenha
alinhada aos golpistas.
O cartão de crédito internacional custeado pelo Estado de
Honduras foi cancelado ao
meio-dia de quinta-feira depois
de Zelaya gastar US$ 80 mil
desde domingo, quando foi
obrigado pelas Forças Armadas
a deixar o país vestindo pijama.
Os gastos com diárias de hotel, comida e roupas foram realizados em Costa Rica, Panamá
e Nicarágua, por onde circulou
durante a semana, segundo a
Rádio América, de Tegucigalpa.
Além do cartão de crédito, o
governo interino também cancelou cem contas bancárias que
tinham autorização para emitir
cheques garantidos pelo Estado e suspendeu a verba para
custeio de 50 veículos e 61 celulares da Casa do Governo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores de El Salvador, onde Zelaya esteve anteontem, o presidente deposto
estava sozinho, ficou apenas algumas horas e não precisou arcar com nenhuma despesa.
A esposa e o filho mais novo
do presidente deposto permaneceram em Honduras, hospedados na casa do embaixador
norte-americano.
Antes de partir de El Salvador em um avião particular sem
divulgar o destino, Zelaya falou
a uma rádio local e pediu ao povo de Honduras para que se
prepare para o seu retorno.
Dizendo que sua queda de
braço com o governo interino é
a luta mais importante do século 21, o governante deposto pediu aos hondurenhos para que
"não desanimem, sintam a força do espírito e caminhem até
Tegucigalpa".
"Todas as comunidades, especialmente as que têm consciência, devem se organizar e
estar prontas, porque pacificamente vamos defender nossos
direitos como cidadãos", disse.
Segundo o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, o presidente deposto está analisando
se volta de avião ou por terra,
possivelmente amanhã, depois
de participar de nova reunião
extraordinária da Organização
dos Estados Americanos hoje,
em Washington.
Apesar da esquiva de Ortega
em confirmar o dia do retorno,
a hipótese de que a volta ocorra
amanhã, de avião, foi reforçada
ontem.
Uma fonte do governo argentino confirmou à agência Reuters que a presidente do país,
Cristina Kirchner, integrará a
comitiva que voltará com Zelaya e disse que o voo sairá no domingo, da capital americana.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Empresários do país prometem resistir a sanções Próximo Texto: Palin surpreende com renúncia no Alasca Índice
|