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Jean-Claude Juncker, presidente do eurogrupo (conselho de ministros das Finanças da zona do Euro), disse ontem que a Grécia passará por sérias "restrições de soberania" e pediu um processo de privatizações similar ao enfrentado pela então Alemanha Oriental (RDA), em 1990, após o fim do comunismo.
Em entrevista à revista alemã "Focus", após a aprovação de um pacote de recuperação econômica para a Grécia pela União Europeia, no valor de € 110 bilhões (R$ 248 bilhões), Juncker defendeu a criação de uma agência nos moldes da responsável pela série de privatizações que precederam a reunificação alemã.
Na época, com acusações de desvios financeiros, cerca 14 mil estatais da antiga RDA foram privatizadas sob o argumento de criar uma economia de mercado para o ex-país comunista e acelerar o processo de reunificação.
Sob protestos nas ruas de Atenas, o Parlamento grego aprovou na última quinta-feira a lei que permite implantar um programa de austeridade financeira.
O pacote prevê, entre outras medidas, a redução em 25% da participação do setor público na força de trabalho e a criação de uma agência para implantação do calendário de privatizações.
Segundo Juncker, que também é primeiro-ministro de Luxemburgo, as medidas de austeridade e uma maior eficiência na cobrança de impostos ajudarão na recuperação do país.
Os gregos convivem há cerca de três anos com recessão e grande aumento do desemprego.


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