Líder da direita quer serviço comunitário obrigatório para todos os franceses

DA REDAÇÃO

O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, pré-candidato da UMP (União por um Movimento Popular), partido de centro-direita, nas eleições presidenciais do ano que vem, encerrou ontem um importante encontro partidário pedindo "ruptura" com todas as políticas lançadas nas últimas décadas.
O tema da ruptura reforça as desavenças de Sarkozy com importantes figuras dentro da UMP, como o presidente, Jacques Chirac, e o premiê, Dominique de Villepin, outro possível candidato da UMP à sucessão de Chirac. A convenção que escolherá o candidato conservador será em janeiro.
No encontro de verão da UMP, em Marselha (sul), Sarkozy, diante de 7.000 jovens, defendeu "uma ruptura em nossos comportamentos, uma ruptura em nossos métodos, uma ruptura em nosso modo de debater idéias". E acrescentou: "Um francês em cada dois não vota, um quarto dos que votam votam nos extremos (...): quem não chega à conclusão de que é preciso mudar profundamente a forma de fazer política não compreendeu nada da situação política de nosso país".
Sarkozy defendeu a criação de um serviço comunitário obrigatório de seis meses para todos os franceses entre 18 e 30 anos. A proposta é uma resposta a projetos similares lançados por outros partidos políticos.