DA REDAÇÃO

Representantes de prefeituras, organizações civis e partidos de direita opositores do governo de Evo Morales na Bolívia se reúnem hoje para acertar uma estratégia contra o que vêem como "ingerência" do presidente na Assembléia Constituinte.
Na última semana, foi aprovada preliminarmente, numa sessão que teve até troca de agressões físicas entre parlamentares, a votação por maioria simples dos artigos da nova Constituição. O Podemos, principal partido da oposição, queria as votações por dois terços. O MAS, de Morales, é majoritário, mas não tem dois terços. No encontro de hoje, será discutido como evitar a aprovação final do regulamento.
O Podemos anunciou que seus 60 constituintes não irão às sessões, pois o governo "não deu garantias" para os debates. "É um momento perigoso. A Assembléia vai em direção ao abismo", diz o vice-presidente do Senado, Roger Pinto. O ex-presidente Jorge Quiroga enviou uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) pedindo uma missão de observação na Assembléia.