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Exército britânico completa retirada de Basra e passa o controle às forças locais
DA REDAÇÃO
As tropas britânicas retiraram-se do palácio de Basra, sua
última base na segunda maior
cidade do Iraque. O palácio
agora é das forças iraquianas,
mas analistas crêem que Basra
ficará sob o domínio das milícias xiitas. Os 500 militares que
estavam no palácio foram levados ao aeroporto de Basra, nas
cercanias da cidade, onde estão
concentrados os últimos 5.500
militares britânicos no Iraque.
O premiê do Reino Unido,
Gordon Brown, disse que a medida foi planejada há meses e
que as tropas britânicas estariam disponíveis para auxiliar
as forças iraquianas. "Somos
capazes de dar treinamento e
de reintervir em certas ocasiões", disse Brown. "O propósito é passar a segurança do
Exército britânico para as forças iraquianas."
Porém autoridades americanas e militares da reserva britânicos duvidam da capacidade
das forças iraquianas e vêem a
retirada como uma derrota, segundo o "Financial Times".
"Ataques incessantes contra
as forças britânicas causaram a
sua saída das ruas para construções cada vez mais protegidas", diz um relatório da organização International Crisis
Group, divulgado em junho.
"Os moradores de Basra e milicianos vêem isso não como
uma retirada, mas como uma
derrota vergonhosa. Hoje, a cidade é controlada por milícias,
que parecem mais fortes e incontroláveis do que antes."
O relatório afirma que Basra
oferece uma imagem horripilante do futuro do país se as forças de coalizão saírem sem
acordos de divisão de poder entre sunitas, xiitas e curdos para
garantir a paz. O palácio de Basra sofreu ataques diários de foguetes e morteiros lançados
por milícias xiitas até os britânicos libertarem 30 insurgentes e divulgarem que iriam se
retirar.
O ministro da Defesa iraquiano, Abdul al Obaidi, disse confiar que seu Exército irá preencher o vácuo deixado em Basra.
Após a invasão dos EUA, o
Exército britânico assumiu o
controle das quatro Províncias
do sul do Iraque, sendo que já
se retirou de três delas. Nos últimos anos, o controle britânico sobre Basra diminuiu, enquanto as milícias se fortaleceram. Com a queda do regime
sunita de Saddam Hussein e a
passagem do poder aos xiitas, o
sul do Iraque teve um período
de relativa paz -interrompido,
no entanto, pelas disputas por
poder entre as milícias xiitas.
Enquanto o Reino Unido alega que a saída ocorre pois as
forças iraquianas estão prontas
para assumir a segurança, analistas qualificam a retirada como uma derrota porque entre
seus motivos estariam a falta de
planejamento do pós-guerra, a
falta de aliados locais e o peso
excessivo de operações prolongadas sobre o Exército britânico, de 100 mil homens.
Com agências internacionais e "Financial Times"
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