São Paulo, quinta-feira, 04 de setembro de 2008

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Jogo eletrônico que retrata "tirano sedento de poder" na Venezuela irrita Caracas

Maracaibo Filmes/Reprodução
Cena do jogo Mercenários 2, que tem a Venezuela como cenário

FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS

Um jogo eletrônico em que a Venezuela é dominada por um ditador nacionalista está atraindo a ira do governo Hugo Chávez, para quem se trata de "uma nova modalidade de ataque ao processo de mudanças do projeto Simón Bolívar" por parte dos Estados Unidos.
No "Mercenários 2", desenvolvido pela empresa americana Pandemic, a Venezuela de 2010 é vítima de um golpe de Estado liderado por Ramon Solano, "um tirano sedento de poder que utiliza o fornecimento de petróleo e converte o país numa zona de guerra".
Na pele de uma força mercenária, o jogador pode se aliar com várias facções que também buscam o controle do petróleo. Sempre contra Solano, que inicialmente contrata os mercenários, mas não os paga e ainda tenta matá-los.
"É hora de os venezuelanos deixarem de pagar pela cobiça dos interesses estrangeiros; faremos com que paguem pelo nosso petróleo", diz Solano.
O Ministério das Comunicações venezuelano diz que o jogo "é mais uma estratégia para criar uma tendência de opinião na qual prevalece o caráter de tirano do líder da revolução bolivariana, assim como para entrar, por meio do imenso poder dos jogos de vídeo, na mente de milhões de jovens de todo o mundo".
"Toda a controvérsia ao redor disso é um pouco cômica", disse o porta-voz da distribuidora Electronic Arts à agência Reuters. "É preciso lembrar que é apenas um jogo."


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