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Assistência no
Brasil é falha
da Redação
O Brasil não tem estrutura para responder a desastres aéreos, segundo Sandra Assali, presidente da
Associação dos Parentes e
Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, criada após
o acidente do vôo 402 da
TAM (em outubro de 96),
que matou 99 pessoas.
Na ocasião, Assali, 42, viu
explodir o avião onde estava seu marido, José Abu
Assali.
"Tivemos de nos virar
para tudo. Fomos atrás de
bolsa para escola, de psicólogos que não cobrassem,
de médicos etc. Nunca houve quem nos trouxesse esse
tipo de ajuda. Não houve
assistência. O Brasil não
tem esse tipo de estrutura.
Nem as companhias aéreas
nem o governo."
Em países como os EUA,
enquanto não se avisam todas as famílias -vão à casa
dos familiares-, não é divulgada a lista de passageiros para a imprensa. "Para
que não haja o perigo de alguém, um irmão, um pai
ou um filho, estar num lugar, ligar a TV ou o rádio e
ficar sabendo", diz Assali.
No caso do acidente do
avião da TAM, algumas
pessoas ficaram sabendo o
que houve pela TV. Um garoto, segundo ela, ligou a
TV e viu o nome do pai.
O Brasil participará pela
primeira vez, a partir do dia
26 deste mês, de um congresso nos EUA do Instituto Nacional de Segurança
nos Transportes (NTSB,
em inglês) sobre assistência
às famílias de vítimas de desastres aéreos.
Segundo Assali, o NTSB
atua desde o momento em
que acontece o acidente.
Toma as primeiras providências, resolve todas as
questões legais e verifica se
os parentes têm condição
de fazer o enterro.
(PDF)
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