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São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2003

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RÚSSIA

Adversário de Putin, empresário está preso há dez dias

Bilionário russo deixa petrolífera e anuncia campanha pró-democracia

DA REDAÇÃO

O megaempresário do petróleo Mikhail Khodorkovsky, preso há dez dias sob acusações de fraude, apropriação indevida de recursos e evasão fiscal, afastou-se ontem da Yukos, a maior produtora de petróleo da Rússia.
Khodorkovsky disse que sua decisão é uma tentativa de "salvar" a empresa de um inquérito que, em quatro meses, resultou na prisão de acionistas e no congelamento de parte de suas ações, derrubando seu valor no mercado.
"Como líder, devo fazer tudo o que posso para livrar nosso trabalho do golpe contra mim e meus sócios", disse em comunicado no qual prometeu uma campanha pública "para construir uma sociedade aberta e verdadeiramente democrática na Rússia".
Fontes próximas ao empresário citadas pelo jornal americano "The New York Times" afirmaram que o pedido de demissão abre caminho tanto para a defesa de Khodorkovsky quanto para uma campanha política.
A prisão do empresário foi vista por críticos do presidente Vladimir Putin como uma tentativa de reduzir o poder político e financeiro do empresário por parte de aliados de Putin na FSB (a antiga KGB, a polícia secreta soviética).
Khodorkovsky só pode ficar detido até o dia 30 de dezembro, mas é possível que a Promotoria peça extensão do prazo como fez com Platon Lebedev, acionista da Yukos preso desde julho.
Com o anúncio de ontem, as ações da Yukos subiram 12% na Bolsa de Valores de Moscou, mas ainda valem 20% menos do que antes da prisão do empresário.


Com agências internacionais

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