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RÚSSIA
Adversário de Putin, empresário está preso há dez dias
Bilionário russo deixa petrolífera e anuncia campanha pró-democracia
DA REDAÇÃO
O megaempresário do petróleo
Mikhail Khodorkovsky, preso há
dez dias sob acusações de fraude,
apropriação indevida de recursos
e evasão fiscal, afastou-se ontem
da Yukos, a maior produtora de
petróleo da Rússia.
Khodorkovsky disse que sua
decisão é uma tentativa de "salvar" a empresa de um inquérito
que, em quatro meses, resultou na
prisão de acionistas e no congelamento de parte de suas ações, derrubando seu valor no mercado.
"Como líder, devo fazer tudo o
que posso para livrar nosso trabalho do golpe contra mim e meus
sócios", disse em comunicado no
qual prometeu uma campanha
pública "para construir uma sociedade aberta e verdadeiramente
democrática na Rússia".
Fontes próximas ao empresário
citadas pelo jornal americano
"The New York Times" afirmaram que o pedido de demissão
abre caminho tanto para a defesa
de Khodorkovsky quanto para
uma campanha política.
A prisão do empresário foi vista
por críticos do presidente Vladimir Putin como uma tentativa de
reduzir o poder político e financeiro do empresário por parte de
aliados de Putin na FSB (a antiga
KGB, a polícia secreta soviética).
Khodorkovsky só pode ficar detido até o dia 30 de dezembro,
mas é possível que a Promotoria
peça extensão do prazo como fez
com Platon Lebedev, acionista da
Yukos preso desde julho.
Com o anúncio de ontem, as
ações da Yukos subiram 12% na
Bolsa de Valores de Moscou, mas
ainda valem 20% menos do que
antes da prisão do empresário.
Com agências internacionais
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