DA REUTERS

Autoridades israelenses protestaram ontem contra uma pesquisa da União Européia (UE) indicando Israel como o país que mais ameaça a paz mundial, à frente de Irã, Iraque e Coréia do Norte.
A missão israelense junto à UE afirmou que a pesquisa revela "uma agenda oculta" do bloco. "Eles colocaram Israel no mesmo nível de países párias."
A UE buscou reduzir a importância da pesquisa, afirmando que ela não reflete a posição do bloco. O premiê italiano, Silvio Berlusconi, cujo país ocupa a Presidência rotativa da UE, telefonou ao premiê de Israel, Ariel Sharon, para dizer que estava "surpreso e indignado". Ele acrescentou que a questão foi formulada de maneira equivocada pelos pesquisadores.
Israel foi considerado uma ameaça à paz mundial por 59% dos entrevistados, seguido por Irã, Coréia do Norte e EUA, com 53% cada. Israel vê a UE como pró-árabe. Romano Prodi, chefe da Comissão Européia (órgão executivo da UE), disse: "[Os resultados] apontam a existência de um preconceito que deve ser condenado. No sentido de que isso possa indicar um preconceito mais fundo e generalizado contra o mundo judaico, nossa repugnância é ainda maior".
Líderes judaicos e israelenses vêm denunciando o aumento do anti-semitismo europeu disfarçado de anti-sionismo, estimulado pela cobertura da revolta palestina. Israel estuda enviar à UE restos de ônibus explodido por terrorista para mostrar "o outro lado" da violência na região.
Na Cisjordânia, um terrorista suicida palestino de 16 anos se explodiu, ferindo um soldado.


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