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População árabe lamenta vitória de Bush; governos querem mudanças
DA REDAÇÃO
A população do Oriente Médio,
com a exceção de israelenses e
kuaitianos, ficou desapontada
com a reeleição de George W.
Bush nos EUA.
Entre os governantes, o pedido
foi para que os EUA alterem a sua
política para Oriente Médio.
"Esperamos que a nova administração Bush, junto com a
União Européia, use a sua influência para um desenvolvimento pacífico da região", disse o presidente do Egito, Hosni Mubarak.
A porta-voz do governo jordaniano Asma Khader disse que os
EUA não podem continuar com o
atual curso da situação no Oriente
Médio. "É necessário uma mudança na política americana, com
a reativação do processo de paz."
O chanceler iemenita, Abubakr
al Qirbi disse que o seu país cooperará com o vencedor. Mas
acrescentou: "Depois do 11 de Setembro houve uma violação dos
direitos humanos de árabes e muçulmanos nos EUA. E Washington não agiu para evitar a violência nos territórios palestinos,
além de a guerra no Iraque ser totalmente injustificável".
População
O único consolo para a parcela
da população anti-Bush no
Oriente Médio foi que a expectativa em relação a John Kerry não
era elevada. O democrata atacou a
maneira como o presidente americano lidou com a situação no
Iraque, mas em nenhum momento da campanha deu sinais de que
alteraria a política dos EUA em relação ao conflito israelo-palestino, considerada pró-Israel em todo o mundo muçulmano.
Muitos disseram que mais quatro anos de Bush no poder pode
provocar mais guerras.
Imad Shuaibi, professor de
ciência política da Universidade
de Damasco, prevê que "serão
quatro anos de pesadelo novamente", acrescentando que Bush
não aprendeu com os erros do
primeiro mandato.
"[Uma vitória de Bush] indica
mais violência no Iraque, no Afeganistão e talvez em outros lugares. Outros alvos são o Sudão, o
Irã e a Síria", disse Ali Ammar,
jornalista em Marrocos.
Jasim Ali, de Bahrein, disse:
"Não é uma boa notícia para o
Oriente Médio. Bush poderá dizer
que a sua política externa para a
região é um sucesso e radicalizar
ainda mais as suas posições".
"Quatro anos mais significam
mais pessoas inocentes serão vítimas", afirmou Khaled Maeena,
editor-executivo do diário saudita
"Arab News".
Com agências internacionais
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