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Deterioração nas relações é contínua
DA REDAÇÃO
Maior operação conduzida
por Israel na faixa de Gaza
nos últimos quatro meses, a
ação em Beit Hanoun é mais
um capítulo da contínua deterioração nas relações entre
israelenses e palestinos desde que o grupo Hamas, responsável por atos terroristas
contra civis israelenses, venceu as eleições de janeiro e
assumiu o governo da Autoridade Nacional Palestina.
O detonante dessa ofensiva foi o seqüestro, em junho,
do cabo do Exército de Israel
Gilad Shalit -na primeira
vez em que palestinos armados entraram em território
israelense desde a retirada
de Israel da faixa de Gaza, no
ano passado, depois de 38
anos de ocupação.
Como resposta, o governo
do premiê Ehud Olmert adotou a estratégia de asfixia militar, com o fim de coagir os
seqüestradores a libertar o
cabo. Quer ainda impedir
que os palestinos continuem
disparando foguetes contra
seu território. Desde então,
mais de 280 palestinos, a metade civis, e três soldados israelenses foram mortos.
A escalada de tensão expõe
também as divisões entre os
grupos palestinos, incapazes
de estabelecer uma estratégia de ação conjunta, e há
meses emperrados na negociação de um governo de unidade que reconheça o Estado
de Israel -cuja destruição é
pregada pelo Hamas.
O seqüestro do soldado
ocorreu quando o Hamas negociava com o presidente da
Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sua
adesão ao "documento dos
prisioneiros", pelo qual o
grupo reconheceria o direito
de Israel de existir.
O governo palestino enfrenta ainda graves dificuldades financeiras depois que
os EUA e a União Européia
suspenderam a ajuda após a
eleição do Hamas.
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