São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006

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MÉXICO

Ativistas voltam a armar barricadas em Oaxaca

DA REDAÇÃO

Barricadas foram reinstaladas ao redor do principal campus universitário de Oaxaca, no sul do México, para impedir a aproximação da Polícia Federal. Na quinta, os policiais tentaram entrar no campus, lançando bombas de gás, mas foram recebidos a pedradas e coquetéis molotov por centenas de estudantes. Houve 74 feridos e 30 detidos no confronto.
O campus se tornou o bastião do movimento rebelde, a Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), que exige a renúncia do governador do Estado de Oaxaca, Ulises Ruíz. A revolta social começou em maio com uma greve dos professores.
Graças à repressão policial contra a greve, os professores receberam apoio de sindicalistas, estudantes e movimentos sociais, que acamparam no centro da capital do Estado e ocuparam os principais prédios públicos.
No domingo passado, o governo mexicano enviou 4.500 policiais federais para desalojar os manifestantes do centro de Oaxaca. Foi quando eles decidiram acampar no campus da Universidade Benito Juárez.

Carrinhos com pedras
A polícia tentou desalojá-los do campus sem sucesso. Nas cinco ruas que levam à entrada do campus, há barricadas feitas com ônibus queimados e troncos de árvores. Um buraco foi cavado em uma das ruas. Há 20 pessoas de plantão atrás da barricada principal, com carrinhos de supermercado cheios de pedras.
Dentro do campus, está uma das armas mais poderosas do movimento - a Rádio Universidade, de onde a APPO coordena suas ações com simpatizantes pela cidade.
De maio até a última quarta-feira, a APPO também controlava a TV estadual e todos os edifícios do governo estadual, retomados pela Polícia Federal nesta semana.


Com agências internacionais


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