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ELEIÇÕES AMERICANAS/ RUMO A 2008
Com Senado, Hillary mira Casa Branca
Progressista e moderada, ex-primeira-dama deve se reeleger senadora por Nova York com 30 pontos sobre republicano
Democrata diz ainda não ter decidido disputar a sucessão de Bush, mas já tem caixa cheio e equipe de campanha sob a liderança do marido
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
De olho na disputa pela Presidência em 2008, a ex-primeira-dama Hillary Clinton, 59, é
favorita à reeleição ao Senado
pelo Estado de Nova York. Pesquisas lhe dão vantagem de 35
pontos sobre o republicano
John Spencer. No levantamento da Universidade de Quinnipiac, a democrata tem 65% dos
votos, contra 30% do oponente.
O diretor do Instituto de Pesquisas de Quinnipiac, Maurice
Carroll, diz que "no ritmo em
que a coisa vai, a campanha de
Hillary para a Casa Branca começa no dia 8 novembro". Na
próxima terça-feira 7, eleições
legislativas renovam toda a Câmara e 1/3 do Senado.
Costas Panagopoulos, especialista em Política da Fordham University, de Nova
York, avalia que a decisão da
democrata deva sair até dezembro. "A disputa de 2008 ainda
está muito longe", afirmou.
A senadora tem repetido que
está concentrada nesta eleição:
"Alguns falam nisso [Presidência], mas ainda não tomei uma
decisão". Caso queira disputar
a Presidência, Hillary deverá
concorrer com estrelas do partido, como o também senador
Barak Obama, pela candidatura
democrata.
Para tanto, ela já tem caixa
sobrando -arrecadou mais de
US$ 30 milhões, o triplo do que
gastou na campanha- e montou uma megaequipe sob a liderança do marido, o ex-presidente Bill Clinton.
Eleita pela classe média progressista de Manhattan, a senadora é hoje uma das principais
opositoras do governo de George W. Bush. Critica a política de
guerra preventiva, o programa
de espionagem antiterror e o
déficit fiscal.
"Hillary tenta minimizar sua
ambição, parecer ao mesmo
tempo modesta e qualificada",
diz o professor de Política na
Universidade de Nova York
Steven Brams. "Após ser acusada de arrogância no governo de
seu marido, acho que ela não
quer mais passar essa imagem."
Na reta final, Hillary foi designada pelo Partido Democrata para pôr panos quentes no
mal-estar causado pelo candidato derrotado à Casa Branca
em 2004, John Kerry, que nesta semana disse a estudantes
que se dedicassem caso não
quisessem ficar "atolados no
Iraque". "Esta eleição é importante para mudar o direcionamento do país. Não vejo mudanças na política se não mudarmos as pessoas. Se Bush não
quer alterar a equipe, trocamos
o Congresso para influenciar as
decisões", afirmou a senadora.
Com agências internacionais
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