|
Texto Anterior | Índice
Pastor antigay é alvo de escândalo homossexual
DE NOVA YORK
Depois do ex-congressista
Mark Foley, um novo escândalo sexual com contexto gay às
vésperas das eleições legislativas mexe com a opinião pública
conservadora dos EUA.
O pastor Ted Haggard, presidente da Associação Nacional
de Evangélicos -ligada ao Partido Republicano, de George W.
Bush-, renunciou ao cargo depois que um garoto de programa revelou ter mantido com ele
um suposto relacionamento
homossexual de três anos em
troca de dinheiro.
Em entrevistas, Haggard, 50
-casado e com cinco filhos-,
admite que esteve com Mike
Jones para comprar drogas
(metanfetamina). Mas nega
que tenha mantido relações sexuais com ele.
O escândalo ganha peso porque o reverendo foi o principal
aliado da Casa Branca na campanha contra o casamento gay
nos EUA. Bush e Haggard, visto
como um dos responsáveis por
garantir o apoio de cristãos
conservadores para a reeleição
do presidente em 2004, se reúnem todas as segundas-feiras
em Washington.
No início deste ano, Bush
tentou aprovar, sem sucesso,
uma emenda constitucional
que definia o casamento como
a união entre um homem e uma
mulher -vetando, na prática, o
matrimônio homossexual.
Na próxima terça, eleitores
de alguns Estados vão decidir
sobre a questão em referendo.
Hoje o Estado de Massachusets
admite o casamento gay, e os
Estados de Vermont, Connecticut e, mais recentemente, Nova
Jersey permitem a união civil.
Em entrevistas a redes de TV
americanas, Jones, 49, disse
que manteve uma relação sexual "de negócios" com o pastor
em Denver, no Colorado.
"Fiquei zangado com o fato
de alguém que se opunha tão
fortemente ao casamento gay
mantivesse relações homossexuais atrás dos bastidores",
afirmou o garoto de programa.
Haggard, titular da megaigreja New Life, no Colorado, e um
dos principais líderes do poderoso movimento evangélico de
direita dos EUA, disse ter se
afastado voluntariamente para
buscar "ajuda espiritual e direção". "Nunca tive relação homossexual com ninguém. Sou
fiel à minha esposa".
Há um mês, o deputado republicano Mark Foley renunciou ao serem reveladas mensagens em que ele assediava
ajudantes do Congresso de 16
anos.
(VQG)
Texto Anterior: Eleições americanas/ Rumo a 2008: Com Senado, Hillary mira Casa Branca Índice
|