São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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Na Câmara, democrata perderá presidência

DE LOS ANGELES

Um dos principais feridos na batalha das urnas entre democratas e republicanos foi Nancy Pelosi, que perdeu o cargo de presidente da Câmara dos Representantes, apesar de ter sido reeleita para seu 13º mandato.
Pelosi foi a primeira mulher escolhida para liderar a Casa, nas eleições de 2006.
Ela representa a Califórnia desde 1987 e é líder dos democratas na Câmara desde 2003.
Com o partido perdendo a maioria que tinha na Casa, nas eleições de terça, Pelosi deixa de ser a presidente da Câmara em janeiro de 2011.
Pelosi, 70, chegava ao final do mandato com sua pior popularidade, 29%.
As principais razões, dizem analistas, foram a falta de habilidade para retomar a economia do país, a perda de apoio dos eleitores independentes e o desgaste com a aprovação de medidas polêmicas do presidente Obama, como a reforma da saúde.
Seu futuro agora é incerto. Durante a campanha, democratas afirmaram que não apoiariam Pelosi para ser líder do partido novamente. E a própria não confirmou se iria se eleger para tal.
"Vocês vão ficar sabendo", disse a democrata a jornalistas na noite de anteontem, ao deixar o Capitólio, em Washington.
Chamada pelos republicanos de liberal gastadora e amante dos impostos, Pelosi chegou a ser considerada a mulher mais poderosa da política americana.
Envolvida com política desde jovem, ela só disputou o Congresso depois dos 40 anos, deixando de lado a vida de dona-de-casa mãe de cinco filhos.
Em novembro de 2006, quando os democratas viraram maioria na Câmara pela primeira vez em 12 anos, o partido resolveu escolher Pelosi como presidente.
No posto, conseguiu apoio para aprovar leis que diminuíssem a diferença entre ricos e pobres no país, incluindo o aumento do salário mínimo pela primeira vez em uma década.
Também foi uma das principais vozes contra a guerra no Iraque do governo de George W. Bush.

MULHERES
A eleição não foi boa para as mulheres de forma geral. Sua presença no Congresso caiu pela primeira vez em 30 anos -de 17 a 15 no Senado e de 73 a 70 na Câmara. (FERNANDA EZABELLA)


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