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Na Câmara, democrata perderá presidência
DE LOS ANGELES
Um dos principais feridos
na batalha das urnas entre
democratas e republicanos
foi Nancy Pelosi, que perdeu
o cargo de presidente da Câmara dos Representantes,
apesar de ter sido reeleita para seu 13º mandato.
Pelosi foi a primeira mulher escolhida para liderar a
Casa, nas eleições de 2006.
Ela representa a Califórnia
desde 1987 e é líder dos democratas na Câmara desde
2003.
Com o partido perdendo a
maioria que tinha na Casa,
nas eleições de terça, Pelosi
deixa de ser a presidente da
Câmara em janeiro de 2011.
Pelosi, 70, chegava ao final do mandato com sua pior
popularidade, 29%.
As principais razões, dizem analistas, foram a falta
de habilidade para retomar a
economia do país, a perda de
apoio dos eleitores independentes e o desgaste com a
aprovação de medidas polêmicas do presidente Obama,
como a reforma da saúde.
Seu futuro agora é incerto.
Durante a campanha, democratas afirmaram que não
apoiariam Pelosi para ser líder do partido novamente. E
a própria não confirmou se
iria se eleger para tal.
"Vocês vão ficar sabendo", disse a democrata a jornalistas na noite de anteontem, ao deixar o Capitólio,
em Washington.
Chamada pelos republicanos de liberal gastadora e
amante dos impostos, Pelosi
chegou a ser considerada a
mulher mais poderosa da política americana.
Envolvida com política
desde jovem, ela só disputou
o Congresso depois dos 40
anos, deixando de lado a vida de dona-de-casa mãe de
cinco filhos.
Em novembro de 2006,
quando os democratas viraram maioria na Câmara pela
primeira vez em 12 anos, o
partido resolveu escolher Pelosi como presidente.
No posto, conseguiu apoio
para aprovar leis que diminuíssem a diferença entre ricos e pobres no país, incluindo o aumento do salário mínimo pela primeira vez em
uma década.
Também foi uma das principais vozes contra a guerra
no Iraque do governo de
George W. Bush.
MULHERES
A eleição não foi boa para
as mulheres de forma geral.
Sua presença no Congresso
caiu pela primeira vez em 30
anos -de 17 a 15 no Senado e
de 73 a 70 na Câmara.
(FERNANDA EZABELLA)
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