DE NOVA YORK

Entre as vitórias mais importantes para os democratas na corrida legislativa deste ano está a reeleição do senador Harry Reid, 71, de Nevada, líder do governo Obama na Casa.
Reid enfrentou uma campanha difícil e durante meses acreditou-se que ele perderia o cargo para a polêmica estrela do Tea Party Sharron Angle, 61.
Teria sido a primeira vez em 58 anos que um líder da maioria no Senado perde a reeleição.
Ainda assim, sua vitória, com apenas 50,2% dos votos, contra 44,6% para sua oponente, foi considerada uma surpresa.
"Já estive em algumas lutas muito difíceis. Nas ruas, nos ringues e no Senado. Mas, tenho que admitir, essa foi uma das mais duras", afirmou Reid, ex-boxeador, ao comemorar a vitória, em discurso em Las Vegas.
Mas não foi a primeira vez do democrata em uma corrida apertada -em 1998, ele foi reeleito com margem de apenas 428 votos.
A principal dificuldade de Reid, desta vez, foi conquistar moradores insatisfeitos com um Estado que chegou aos piores índices de desemprego do país.
Segundo análise da agência Associated Press, o senador foi ajudado pelo apoio das minorias -conquistou, por exemplo, dois terços dos votos dos hispânicos e 80% entre os negros.
Sua concorrente foi uma das candidatas destas eleições que ganhou fama por suas declarações radicais e polêmicas.
Investindo no sentimento anti-Washington, ela se colocou contra o aborto em qualquer caso e previu que haveria um "tsunami de conservadorismo chegando em ondas pelo país".
Em seu discurso, Reid comemorou o fato de que "Nevada escolheu a esperança em vez do medo. Nevada escolheu caminhar para a frente, e não para trás".
Ontem, ele defendeu ainda que a mensagem que os resultados eleitorais transmitem é a de que "o povo americano quer que trabalhemos juntos".
"Tenho esperança e certamente espero que, quando a poeira baixar, os republicanos não queiram mais paralisar tudo." (CRISTINA FIBE)


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