São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011 |
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BC europeu surpreende e diminui juros Novo presidente do órgão, Mario Draghi, prevê recessão moderada neste ano e ritmo de crescimento fraco em 2012 Incertezas sobre o bloco fizeram com que ontem investidores chegassem a exigir retorno recorde por títulos italianos CAROLINA VILA-NOVA EM BERLIM Sob nova direção e numa tentativa de conter iminente recessão, o BCE (Banco Central Europeu) anunciou ontem corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, que passa agora a 1,25%. A movimentação, inesperada para boa parte do mercado, foi bem recebida pelas Bolsas de Valores globais. Foi a primeira decisão tomada pelo órgão desde que o italiano Mario Draghi assumiu o comando, na terça, no lugar de Jean-Claude Trichet. "O que estamos observando agora é um baixo crescimento, levando a uma leve recessão até o fim do ano", afirmou Draghi. A atual turbulência, disse, "deve amortecer o ritmo de avanço econômico na segunda metade do ano e além". No primeiro semestre, o BCE havia aumentado os juros em 0,5 ponto percentual, alegando a necessidade de controlar a inflação, hoje em 3% -a meta para a região é de cerca de 2%. A expectativa era que o BCE sob comando de Draghi retomasse o corte nos juros em dezembro, como uma forma de indicar a preocupação do italiano com a inflação. Draghi rejeitou que o BCE vá assumir o papel de salvador de economias em perigo, sugerindo que a estabilidade financeira é responsabilidade dos governos. Ele rejeitou também uma expansão do atual programa de compras de títulos da dívida sob risco. Desde agosto, o BCE gastou cerca de € 100 bilhões em compras de títulos, principalmente italianos e espanhóis, visando evitar o contágio da crise grega. Os últimos capítulos da crise europeia levaram os papéis desses dois países às alturas; no caso da Itália, a níveis recordes na história do euro. Os investidores chegaram a exigir ontem retorno de 6,4% para os títulos italianos de dez anos, antes de fechar a 6,19%, muito próximo do maior patamar histórico. Texto Anterior: Análise: Europa não passa no teste, reconhecem chefes de governo reunidos em Cannes Próximo Texto: Moisés Naím: Latino-americanização da Europa Índice | Comunicar Erros |
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