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MISTÉRIO EM LONDRES
Ex-espião russo ia chantagear patrícios corruptos, diz jornal
DA REDAÇÃO
O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto misteriosamente em Londres
por envenenamento com
substância radioativa, estava
empenhado em chantagear
pessoas envolvidas em corrupção no Kremlin, no serviço de inteligência russo e na
empresa petrolífera Yukos.
A informação foi publicada
pelo jornal britânico "Observer", a partir de documentos
em poder de uma estudante
russa radicada em Londres,
Julia Svetlichnaya, a quem
Litvinenko enviou uma centena de e-mails e a quem
confidenciou seus planos.
O "Observer" também diz
ter apurado que os serviços
britânicos de inteligência e o
FBI, polícia federal americana, entrevistaram nos Estados Unidos um outro ex-agente russo que teria relatado a existência do plano de
Litvinenko de chantagear
russos poderosos.
Segundo Svetlichnaya, o
ex-espião enfrentava dificuldades financeiras. Uma das
fotos que ele passou a ela, e
que o "Observer" reproduz, o
mostra ao lado de Anna Politkovskaya, jornalista russa
assassinada em outubro, em
Moscou, e autora de reportagens que ligavam o presidente Vladimir Putin às barbaridades na Tchechênia.
Outro jornal britânico, o
"Sunday Times", afirma que
o presidente Putin se irritou
com o governo britânico por
ter permitido que a carta supostamente ditada pelo ex-espião fosse lida a jornalistas
logo depois de sua morte.
Nela, ele responsabilizava
Putin por seu assassinato.
O ministro britânico do
Interior, John Reid, disse
ontem que as investigações
sobre a morte do ex-espião
serão feitas "dentro e fora"
do Reino Unido.
Um grupo de nove policiais britânicos embarcará
hoje para Moscou, para se
avistar com pessoas que tiveram contato com Litvinenko,
diz a Reuters, citando informantes do governo.
Com agências internacionais
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