São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010

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Obama realiza visita ao Afeganistão, mas não encontra Karzai

Viagem-surpresa sucede revelações pouco elogiosas dos EUA a Cabul, pelo WikiLeaks

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez ontem visita surpresa de três horas ao Afeganistão, pouco após textos vazados no site WikiLeaks adicionarem nova frente de fricção à relação conturbada entre os dois governos.
A razão oficial da visita foi falar com os soldados americanos estacionados na base de Bagram perto dos feriados de final de ano. Mas a viagem foi recheada de confusões políticas entre Obama e o presidente Hamid Karzai.
Os dois deveriam ter se encontrado pessoalmente em Cabul, mas a ida do americano até lá foi cancelada. A Casa Branca culpou o mau tempo e disse que haveria uma videoconferência entre eles.
Pouco depois, a videoconferência também foi cancelada. A Casa Branca responsabilizou "problemas técnicos". Obama e Karzai teriam se falado por telefone.
Os desencontros geraram suspeitas imediatas de deterioração ainda maior na relação entre os dois líderes.
É sabido que Karzai já se sentia insultado pela suposta pouca atenção dedicada a ele por Obama. Além disso, vieram à tona ontem mensagens a Washington de diplomatas americanos em Cabul descrevendo o Afeganistão como um país completamente tomado pela corrupção.
Em discurso, Obama agradeceu o trabalho dos soldados. "O progresso chega devagar. E é duro avançar."
Em cerca de duas semanas, os EUA deverão divulgar revisão da estratégia para o esforço no Afeganistão, recheada de prazos que a realidade em solo só dificulta.


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