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Emocionada, avó quer guarda da criança
DE CARACAS
Numa emocionada entrevista coletiva ontem em
Caracas, Clara de Rojas,
mãe da refém Clara Rojas
e avó de Emmanuel, disse
que não tem dúvidas de
que o menino de 3 anos
submetido ao exame de
DNA é o seu neto e anunciou que irá pedir a guarda
da criança.
"Estou muito contente,
muito feliz, damos credibilidade às provas que estão surgindo e, se alguém
quiser continuar averiguando sobre mais certezas sobre essas provas,
pois está na possibilidade
de fazê-lo", disse Clara de
Rojas, tentando conter o
choro. "As que recebi de
momento já me bastam."
"Que bom contar com
amigos que nos podem
ajudar a conseguir a liberação de minha filha e da
senhora Consuelo de Perdomo, a mãe de Patrícia e
de Maria Fernanda", disse
ao lado das filhas da ex-congressista também seqüestrada pela guerrilha.
De idade avançada e
saúde frágil -caminha
com a ajuda de um andador-, Clara de Rojas se
converteu no símbolo dos
familiares dos reféns. A
prestigiosa revista colombiana "Semana" a escolheu como a "personagem
do ano 2007".
Em Bogotá, Iván Rojas
disse à rádio W que estava
"seguro" de que o garoto é
seu sobrinho. Segundo ele,
o importante agora é libertação da irmã. "Com essa
prova [de DNA], termina a
Operação Emmanuel e começa a Operação Clara."
A família de Emmanuel
não subscreveu uma carta
assinada por alguns parentes de reféns das Farc
em que pedem a formação
de uma comissão internacional para confirmar a
identidade de Emmanuel.
O documento, divulgado pelo governo venezuelano, é dirigido aos governos de todos os países que
atuaram como observadores na fracassada Operação Emmanuel, entre os
quais a Argentina, a Bolívia, o Brasil e a França.
Aos olhos de Fabrice
Delloye, ex-marido da senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada junto com Clara, a confirmação da identidade de Emmanuel seria
a "única boa notícia" desde
o fracasso da missão.
Para ele, porém, o cenário é de pessimismo. "Assistimos a uma luta de
egos: o presidente Uribe
está mais enraivecido. Marulanda (líder das Farc)
prevê uma ofensiva." "O
acordo humanitário está
cada vez mais distante".
Com agências internacionais
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