São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2008

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Assessor de Lula diz que auxílio do Brasil permanece

DE CARACAS

O assessor internacional do Planalto, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o resultado preliminar do exame de DNA comprovando que Emmanuel está longe das Farc não muda a disposição do governo brasileiro em ajudar, como observador, na libertação dos outros dois reféns cuja soltura havia sido prometida pela guerrilha.
"Isso obviamente introduz novos elementos, eu preciso refletir sobre isso, mas os garantes têm de ser muito cuidadosos", disse Garcia à Folha no início da tarde de ontem.
"Menos do que fazer avaliação sobre a, b ou c, estamos [prontos] para ajudar a viabilizar a operação humanitária. Mas vamos esperar um pouco mais", afirmou, ao saber do resultado do exame por intermédio da reportagem.
O assessor do presidente Lula disse que o Brasil continuará colaborando e crê que os demais seis países envolvidos farão o mesmo. Sobre o fato de a fracassada operação da qual participou ter sido montada com base em informações falsas da guerrilha, Garcia afirmou: "Nós não tivemos relações com as Farc em nenhum momento. A nossa relação era, em primeiro lugar, com o governo venezuelano e depois com o governo colombiano".
Garcia, que estava na Colômbia quando o presidente Álvaro Uribe deu as primeiras informações sobre o paradeiro de Emmanuel, disse que o resultado do exame não o surpreendeu. "Desde o começo achei que era uma operação de inteligência bem conduzida pelo governo colombiano."
O assessor de Lula foi um dos seis observadores internacionais que estiveram na Colômbia para acompanhar a fracassada missão de recuperação dos reféns das Farc, coordenada pelo governo venezuelano nos três últimos dias do ano passado. Também esteve em Villavicencio o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e representantes de Equador, Cuba, França, Suíça e Bolívia. (FM)




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