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Assessor de Lula diz que auxílio do Brasil permanece
DE CARACAS
O assessor internacional do
Planalto, Marco Aurélio Garcia,
afirmou que o resultado preliminar do exame de DNA comprovando que Emmanuel está
longe das Farc não muda a disposição do governo brasileiro
em ajudar, como observador,
na libertação dos outros dois
reféns cuja soltura havia sido
prometida pela guerrilha.
"Isso obviamente introduz
novos elementos, eu preciso refletir sobre isso, mas os garantes têm de ser muito cuidadosos", disse Garcia à Folha no
início da tarde de ontem.
"Menos do que fazer avaliação sobre a, b ou c, estamos
[prontos] para ajudar a viabilizar a operação humanitária.
Mas vamos esperar um pouco
mais", afirmou, ao saber do resultado do exame por intermédio da reportagem.
O assessor do presidente Lula disse que o Brasil continuará
colaborando e crê que os demais seis países envolvidos farão o mesmo. Sobre o fato de a
fracassada operação da qual
participou ter sido montada
com base em informações falsas da guerrilha, Garcia afirmou: "Nós não tivemos relações com as Farc em nenhum
momento. A nossa relação era,
em primeiro lugar, com o governo venezuelano e depois
com o governo colombiano".
Garcia, que estava na Colômbia quando o presidente Álvaro
Uribe deu as primeiras informações sobre o paradeiro de
Emmanuel, disse que o resultado do exame não o surpreendeu. "Desde o começo achei
que era uma operação de inteligência bem conduzida pelo governo colombiano."
O assessor de Lula foi um dos
seis observadores internacionais que estiveram na Colômbia para acompanhar a fracassada missão de recuperação
dos reféns das Farc, coordenada pelo governo venezuelano
nos três últimos dias do ano
passado. Também esteve em
Villavicencio o ex-presidente
argentino Néstor Kirchner e
representantes de Equador,
Cuba, França, Suíça e Bolívia.
(FM)
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