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Jovem morre
em protesto na Cisjordânia
DA REDAÇÃO
Um palestino foi morto
ontem por disparos da força
de segurança de Israel durante manifestações na Cisjordânia contra a invasão de
Israel à faixa de Gaza. Médicos disseram que Mufid Saleh Walweel, 22, foi atingido
na cabeça.
Em Ramallah, cerca de
2.000 palestinos foram às
ruas com cartazes pedindo a
união nacional palestina e o
fim da operação israelense.
Entre os manifestantes,
que pediram também a intervenção de outros países,
estava Mustafa Barghouti,
ex-ministro e deputado independente da ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Para ele, a invasão terrestre
de Gaza mostra a "verdadeira face" do Estado judeu.
Os ataques israelenses
causaram uma condenação
geral nos países árabes e muçulmanos, desde sábado
também houve protestos na
Europa e nos EUA. Centenas
de cidades, desde Teerã (Irã)
até Damasco (Síria), assistiram a protestos ontem.
Em Beirute (Líbano), a polícia usou gás lacrimogêneo
contra 250 manifestantes
que tentavam chegar à embaixada americana. Ninguém se feriu. No final do
dia, simpatizantes do Hamas
e do Hizbollah (grupo xiita libanês) reclamaram do ataque a Gaza em frente ao prédio da ONU em Beirute.
"Essa batalha vai acabar
com um acordo [de paz] para
sempre. Essa batalha vai nos
mostrar quem são os homens. São eles os que beijam
[o premiê de Israel, Ehud]
Olmert (...) ou os que têm seu
[próprio] sangue nas mãos",
disse o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, numa aparente referência aos líderes palestinos que
conversam com Israel.
Em Istambul (Turquia),
mais de 5.000 manifestantes
se reuniram. Seguravam
bandeiras palestinas e queimaram imagens não só de
Olmert mas também de
George W. Bush.
No sábado, uma das principais atrações turísticas de
Nova York, Times Square, foi
tomada por descendentes
árabes e do Oriente Médio e
incluiu também grupos judaicos antiguerra, estudantes e defensores de um Estado palestino independente.
Eles encontraram um contraprotesto que também ia
para o consulado israelense.
Além de bandeiras americanas e palestinas, havia cartazes condenando o Hamas.
O maior apoio a Israel, porém, foi em Paris, onde 4.000
pessoas, segundo a polícia,
apoiavam a "ação de autodefesa de Israel" e lembravam
as "vítimas israelenses do
Hamas". O grão-rabino da
França, Gilles Bernheim,
disse que "nosso primeiro
pensamento é para o soldado
Gilad Shalit, esse jovem franco-israelense sequestrado
desde 2006 em Gaza".
Com agências internacionais
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