O presidente Álvaro Uribe visitou o local e vai averiguar se a empresa responsável oferecia segurança

DA REDAÇÃO

Explosões ocorridas anteontem mataram ao menos 32 trabalhadores em duas minas de carvão no nordeste da Colômbia. Até ontem, equipes de resgate haviam encontrado os corpos de 23 mineiros. Oito ainda estão desaparecidos.
"É impossível que aqueles que ainda estão nas minas sejam encontrados com vida devido à alta concentração de gás venenoso no local. Seria um milagre eles estarem vivos", afirmou o chefe dos bombeiros no comando da operação de resgate, Carlos Garcia.
Outro trabalhador, que tentou escapar depois da explosão, teve queimaduras de segundo grau e morreu no hospital em Cucuta, capital do Estado de Norte de Santander. As minas ficam na vila de São Roque, 410 km a nordeste de Bogotá.
Os esforços da equipe de resgate -formada por membros da polícia, da Cruz Vermelha, da Defesa Civil e por bombeiros para remover os corpos presos a mais de 400 metros abaixo da terra nas minas de San Roque e La Preciosa- haviam sido interrompidos no sábado por falta de condições e pela presença de gases tóxicos na mina.
"Felizmente, as condições melhoraram muito, e a operação de resgate está andando bem", disse Fernando Rosales, diretor da defesa civil no estado de Norte de Santander.
Especula-se que a explosão tenha sido causada devido à alta concentração de gás metano.
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, visitou o local ontem para oferecer condolências aos familiares das vítimas reunidos fora da mina. Uribe declarou estar "entristecido" e "com dor" pela tragédia.
"O governo vai acompanhar o caso de perto", disse Uribe, afirmando que foi aberta uma investigação sobre se a empresa proprietária das minas estava "em dia" com as permissões de exploração e se tinha licença de segurança para operar.
A região tem cerca de 200 minas, muitas delas com pouca ou nenhuma condição de segurança.