São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Metade dos responsáveis por ataques vem da Síria, acusa Iraque

EUA dizem que vão "readaptar" sua estratégia após queda de helicópteros

DA REDAÇÃO

Em uma acusação pouco usual da parte de Bagdá, o governo iraquiano disse ontem que metade dos militantes sunitas que estariam por trás dos constantes atentados a bomba no país chegam ao território pela vizinha Síria.
Autoridades dos EUA vêm acusando o Irã e a Síria de não impedir que insurgentes e terroristas cruzem a fronteira e ataquem o Iraque.
"Nós temos a confirmação de que 50% dos militantes sunitas vêm pela fronteira síria", disse o porta-voz do governo iraquiano Ali al Dabbagh à rede de TV Al Arabiya.
O governo iraquiano, dominado por xiitas, renovou ontem sua promessa de tomar medidas severas em relação aos militantes sunitas e simpatizantes de Saddam Hussein depois que um caminhão-bomba matou 135 pessoas, no sábado, em um mercado xiita de Bagdá.
Depois de o governo americano anunciar um novo plano de ação no Iraque, o Exército dos EUA informou ontem que está ajustando suas táticas no país após quatro helicópteros serem abatidos nos últimos 15 dias, matando 21 americanos.
Num sinal de que, cada vez mais, a Guerra do Iraque confisca a agenda política norte-americana, o presidente George W. Bush disse que sua proposta para o Orçamento de 2008, a ser apresentada hoje, restringirá gastos domésticos para ter como prioridade a Defesa e as operações no Iraque e no Afeganistão.
"Cortar o déficit durante um período de guerra exige restrição de gastos em outras áreas", disse Bush ontem em seu programa de rádio semanal.
Os conflitos no Iraque continuaram ontem com mais atentados. No pior deles, um ataque com morteiros matou 15 pessoas e feriu outras 56 em um bairro sunita de Bagdá.


Com agências internacionais


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