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Etanol é ponto de união entre os dois países
DE WASHINGTON
Ao chegarem ao Brasil,
amanhã, em encontros
previstos com o chanceler
Celso Amorim e o novo
embaixador do Brasil em
Washington, Antonio Patriota, os dois emissários
do Departamento de Estado dos EUA tratarão de
acordos bilaterais envolvendo não só o etanol como outros bioenergéticos.
Com o impasse nas negociações da Rodada Doha
e os atritos entre a proposta da Alca, defendida por
Bush, e o Mercosul, o combustível renovável e a tecnologia em torno dele se
tornou a agenda positiva
para os dois países.
"A questão dos biocobustíveis é muito importante, pois Brasil e EUA
são os líderes mundiais",
disse Nicholas Burns em
entrevista coletiva na semana passada. "Queremos
ter discussões boas e detalhadas com o governo brasileiro sobre o assunto."
Em discurso ao Congresso no dia 23 de janeiro,
George W. Bush anunciou
um ousado plano de energia para os EUA, que propõe a diminuição do consumo de gasolina no país
em 20% nos próximos dez
anos. Do total economizado, a proposta é que 75%
venha do etanol.
Mas o etanol produzido
nos EUA vem do milho,
não do álcool, como no
Brasil. E Bush deu declarações posteriores dizendo
que prevê que o novo etanol a ser consumido não
seja da cana. Por fim, ao
mandar sua nova proposta
de lei agrícola para o Congresso, o republicano
manteve os subsídios dados aos produtores de etanol norte-americano e as
tarifas cobradas na importação do etanol brasileiro.
Ou seja: é provável que
acordos bilaterais fiquem
mais na área técnica, de
transferência de tecnologia, que na comercial.
(SD)
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