São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Etanol é ponto de união entre os dois países

DE WASHINGTON

Ao chegarem ao Brasil, amanhã, em encontros previstos com o chanceler Celso Amorim e o novo embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, os dois emissários do Departamento de Estado dos EUA tratarão de acordos bilaterais envolvendo não só o etanol como outros bioenergéticos.
Com o impasse nas negociações da Rodada Doha e os atritos entre a proposta da Alca, defendida por Bush, e o Mercosul, o combustível renovável e a tecnologia em torno dele se tornou a agenda positiva para os dois países.
"A questão dos biocobustíveis é muito importante, pois Brasil e EUA são os líderes mundiais", disse Nicholas Burns em entrevista coletiva na semana passada. "Queremos ter discussões boas e detalhadas com o governo brasileiro sobre o assunto."
Em discurso ao Congresso no dia 23 de janeiro, George W. Bush anunciou um ousado plano de energia para os EUA, que propõe a diminuição do consumo de gasolina no país em 20% nos próximos dez anos. Do total economizado, a proposta é que 75% venha do etanol.
Mas o etanol produzido nos EUA vem do milho, não do álcool, como no Brasil. E Bush deu declarações posteriores dizendo que prevê que o novo etanol a ser consumido não seja da cana. Por fim, ao mandar sua nova proposta de lei agrícola para o Congresso, o republicano manteve os subsídios dados aos produtores de etanol norte-americano e as tarifas cobradas na importação do etanol brasileiro.
Ou seja: é provável que acordos bilaterais fiquem mais na área técnica, de transferência de tecnologia, que na comercial. (SD)


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