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Exército chinês evita protesto contra caos
Com inverno rigoroso, tropas controlam embarque ferroviário; migrantes querem viajar no Ano Novo
DA REDAÇÃO
O governo chinês anunciou
ontem que os prejuízos com
duas semanas de rigoroso inverno chegam a US$ 7,5 bilhões. Cerca de 300 mil soldados e 1 milhão de reservistas
tentam evitar protestos nas estações ferroviárias em que centenas de milhares tentam embarcar para passar com familiares o Ano Novo Lunar, na próxima quinta, para muitos as
únicas férias anuais.
As autoridades lançaram
campanhas pela mídia para dissuadir os trabalhadores migrantes de embarcar, insistindo
em o quanto eles economizariam e poderiam melhorar de
padrão. Cerca de 200 mil pediram o reembolso de suas passagens e permanecerão nos dormitórios das empresas.
Mas há 19 milhões de imigrantes só na Província de
Guangdong, ao sul, onde o inverno é em geral ameno e as
temperaturas excepcionalmente baixas provocaram o colapso dos serviços públicos.
Em Cantão, capital de
Guangdong, o Exército perfilou
milhares que ainda tentam embarcar em blocos de 1.000 pessoas. Procura com isso evitar
novas mortes por pisoteamento, com o estouro da multidão
que tenta tomar os trens. Há
800 mil passageiros à espera.
Observadores acreditam que,
caso se prolongue, o frio colocará o governo chinês diante de
protestos semelhantes aos de
1989, duramente reprimidos.
Cerca de 100 milhões do 1,3 bilhão de habitantes foram atingidos pelos efeitos do frio.
Duas mil torres de transmissão de eletricidade e 36 mil quilômetros de cabos foram danificados. As locomotivas elétricas voltam aos poucos a funcionar, mas as ferrovias dão prioridade ao transporte de carvão, responsável pelo grosso das
termelétricas.
A Administração Meteorológica disse que nas províncias
centrais de Hubei e Hunan há
um século não se registrava um
período tão longo com temperaturas abaixo de zero.
Com agências internacionais
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