São Paulo, terça-feira, 05 de fevereiro de 2008

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Exército chinês evita protesto contra caos

Com inverno rigoroso, tropas controlam embarque ferroviário; migrantes querem viajar no Ano Novo

DA REDAÇÃO

O governo chinês anunciou ontem que os prejuízos com duas semanas de rigoroso inverno chegam a US$ 7,5 bilhões. Cerca de 300 mil soldados e 1 milhão de reservistas tentam evitar protestos nas estações ferroviárias em que centenas de milhares tentam embarcar para passar com familiares o Ano Novo Lunar, na próxima quinta, para muitos as únicas férias anuais.
As autoridades lançaram campanhas pela mídia para dissuadir os trabalhadores migrantes de embarcar, insistindo em o quanto eles economizariam e poderiam melhorar de padrão. Cerca de 200 mil pediram o reembolso de suas passagens e permanecerão nos dormitórios das empresas.
Mas há 19 milhões de imigrantes só na Província de Guangdong, ao sul, onde o inverno é em geral ameno e as temperaturas excepcionalmente baixas provocaram o colapso dos serviços públicos.
Em Cantão, capital de Guangdong, o Exército perfilou milhares que ainda tentam embarcar em blocos de 1.000 pessoas. Procura com isso evitar novas mortes por pisoteamento, com o estouro da multidão que tenta tomar os trens. Há 800 mil passageiros à espera.
Observadores acreditam que, caso se prolongue, o frio colocará o governo chinês diante de protestos semelhantes aos de 1989, duramente reprimidos. Cerca de 100 milhões do 1,3 bilhão de habitantes foram atingidos pelos efeitos do frio.
Duas mil torres de transmissão de eletricidade e 36 mil quilômetros de cabos foram danificados. As locomotivas elétricas voltam aos poucos a funcionar, mas as ferrovias dão prioridade ao transporte de carvão, responsável pelo grosso das termelétricas.
A Administração Meteorológica disse que nas províncias centrais de Hubei e Hunan há um século não se registrava um período tão longo com temperaturas abaixo de zero.


Com agências internacionais


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