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ORIENTE MÉDIO
Irã compara Obama a Bush e adverte Israel sobre ataque
DA REUTERS
Na contramão da distensão ensaiada entre os EUA e
o Irã desde a posse de Barack
Obama, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei,
acusou ontem o novo presidente americano de seguir "o
mesmo caminho errado" que
seu antecessor George W.
Bush ao supostamente
apoiar Israel no conflito com
os palestinos.
"[Os EUA] nunca interromperam seu apoio ao regime sionista e aos seus crimes
(...). Até o novo presidente,
que chegou prometendo mudança em relação a Bush, defende o terrorismo de Estado
ao manifestar seu compromisso incondicional com a
segurança de Israel", disse
Khamenei.
O aiatolá também defendeu a "resistência armada"
como única saída dos palestinos contra Israel, maior aliado da Casa Branca no Oriente Médio -região onde Obama pretende implementar
uma política mais conciliadora com inimigos dos EUA
como Síria e Irã.
O Irã, acusado pela Casa
Branca de fornecer armas e
dinheiro ao grupo radical
Hamas, é contra a solução de
dois Estados, que norteia as
negociações de paz desde os
Acordos de Oslo, em 1993.
Hillary, em sua primeira
visita oficial à Cisjordânia,
respondeu acusando Khamenei de "se intrometer"
nos assuntos palestinos.
Em mais declarações que
contrariam o atual apaziguamento nas tensões entre
Washington e Teerã, rompidos há trinta anos, o principal chefe militar iraniano,
Mohamad Ali Jafari, advertiu ontem que o Irã "possui
mísseis de longo alcance capazes de alcançar as usinas
nucleares israelenses".
Israel ameaçou nos últimos meses bombardear as
instalações nucleares iranianas, suspeitas de fabricar
uma bomba atômica -o que
Teerã nega. O novo premiê
israelense, Binyamin Netanyahu, defende abertamente o
uso da força para paralisar o
programa nuclear do Irã.
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