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ISRAEL
Em referendo, proposta rejeitada por Likud venceria
EUA, ONU, Europa e Rússia apóiam plano de retirada israelense de Gaza
DA REDAÇÃO
Representantes dos EUA, da
União Européia, da Rússia e da
ONU -o chamado Quarteto-
apoiaram o plano do premiê Ariel
Sharon de retirada total de Israel
da faixa de Gaza, apesar de a proposta ter sido rejeitada no domingo em referendo interno do Likud, partido de Sharon.
"Essa iniciativa, que precisa
conduzir a uma total retirada israelense e ao fim da ocupação em
Gaza, pode significar um passo
adiante rumo à idéia de dois Estados e dar novo alento ao plano de
paz", disse o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan.
Em nota divulgada após encontro em Nova York, o Quarteto disse que as questões mais delicadas
no conflito israelo-palestino devem ser negociadas entre as duas
partes envolvidas. A frase embute
uma crítica às garantias que o presidente dos EUA, George W.
Bush, deu a Sharon no mês passado de que Israel, num acordo final
com os palestinos, não precisará
abrir mão de todos os assentamentos situados nos territórios
ocupados nem aceitar o retorno
de refugiados palestinos ao país.
Sessenta ex-diplomatas americanos assinaram ontem uma carta a Bush na qual afirmam que seu
"apoio deslavado" a Sharon estaria custando aos EUA "credibilidade, prestígio e amigos".
O jornal israelense "Yediot Ahronot" publicou ontem pesquisa
segundo a qual o plano de Sharon
teria sido aprovado, com 62% de
votos a favor e 31% contrários, em
um referendo nacional.
Apesar de 60% de seus correligionários terem rejeitado o plano,
Sharon já prepara uma nova versão, provavelmente mais atenuada. Tradicional defensor das colônias judaicas, o premiê pretendia
retirar 7.000 colonos e as tropas
que os protegem de Gaza, assim
como quatro assentamentos na
Cisjordânia. Sua proposta se insere numa estratégia de progressiva
separação unilateral de Israel dos
palestinos, devido ao impasse no
processo de paz.
Entretanto, os adversários da
proposta dizem que a retirada de
Gaza sem nada em troca seria
uma "concessão ao terror".
O novo plano, que pode ser submetido ao gabinete, deve limitar a
saída de Gaza, possivelmente
mantendo algumas das 21 colônias no território ocupado, segundo relatos da mídia local.
Com agências internacionais
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