São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2004

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ESTUDO

Segundo ONG, 44 países, entre eles Coréia do Norte, são melhores para ter filhos; Cuba lidera latino-americanos

Brasil cai no ranking da maternidade

DA REDAÇÃO

O Brasil escorregou uma posição no ranking anual da maternidade, elaborado pela ONG americana Save the Children. De acordo com o relatório de 2004, divulgado ontem, 44 países são considerados os melhores lugares para se ter um filho. Entre eles estão o Cazaquistão, a República Dominicana e a Coréia do Norte.
O melhor país para as mães, de acordo com a Save the Children, segue sendo a Suécia, e o pior ainda é o Níger. De modo geral, a Escandinávia, com alto desenvolvimento humano e políticas públicas pró-maternidade, segue no topo, enquanto os países da África se mantêm na lanterna.
Lançando algum otimismo sobre o quadro brasileiro, o relatório diz que as condições de maternidade na América Latina estão se aproximando das de países industrializados desde que o estudo passou a ser feito, há cinco anos.
A maioria dos latino-americanos se encontra mais bem posicionada, e as mães brasileiras não receberam neste ano uma menção específica no documento. De toda a região, a melhor colocação foi obtida por Cuba -11º lugar, apenas um abaixo dos EUA. Já na América do Sul, perde do Brasil apenas a Bolívia (68º lugar).
São listados 119 países. Nomes proeminentes, como Alemanha, França e Japão, estão ausentes do ranking por não terem dados oficiais comparáveis.
O ranking é montado após o cruzamento de dez dados, seis sobre as mães e quatro sobre as crianças. A maior fonte é o Unicef (fundo da ONU para a infância).
Sobre as mães, levou-se em conta o risco de mortalidade na gestação e no parto, a utilização de contraceptivos modernos, a assistência de partos por equipes especializadas, a anemia entre as gestantes, o analfabetismo entre as mães e a participação feminina no governo federal. Já em relação às crianças, os itens são mortalidade infantil, desnutrição, número de crianças matriculadas no ensino básico e percentual da população com acesso a saneamento básico.
O Brasil se porta bem melhor nos índices que tratam das mães: contados só os dados referentes a elas, o país surge em 37º lugar. Já no ranking infantil, é o 70º.
Entre um relatório e outro, o país melhorou no que diz respeito à participação feminina no governo (subiu de 7% para 9%) e piorou no percentual de crianças matriculadas no ensino básico, descontada a distorção entre série e idade (despencou de 77% para 50%). Mas, como a base do ranking vem de números nem sempre ajustados anualmente, não se pode dizer que a mudança tenha ocorrido entre 2003 e 2004.


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