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VIDA DURA
"Deus salve Osama bin Laden", grita o condenado pelo 11/9 depois de ouvir sua sentença
Moussaoui deve ir para superprisão
DA REDAÇÃO
A Justiça dos Estados Unidos
confirmou ontem a condenação
de Zacarias Moussaoui, 37, à pena de prisão perpétua, por seu
envolvimento com o 11 de Setembro. Ele deve passar o resto
da vida na super prisão de segurança máxima de Florence, no
Estado do Colorado, considerada a mais segura do mundo. Alguns familiares das vítimas expressaram alívio. Outros se mostraram desapontados pelo fato
de Moussaoui ter escapado da
pena de morte.
Antes de ser enviado para a cela, o único condenado pelos
atentados manteve seu tom de
desafio e gritou dentro da corte:
"Deus amaldiçoe a América e
salve Osama bin Laden! Vocês
nunca vão pegá-lo". A juíza Leonie Brinkema reagiu com um
desabafo: "Senhor Moussaoui,
você veio aqui para ser um mártir e para morrer em um grande
momento de glória. Mas, para
parafrasear o porta T.S. Eliot,
vai, em vez disso, morrer se lamentando".
Se confirmado seu envio para
a prisão de Florence, a rotina do
francês de origem marroquina
na prisão será excepcionalmente
dura. Ele passará 23 horas confinado em uma solitária de 3,5
metros por 2 metros, à prova de
som. Na hora restante, o prisioneiro terá a chance de se exercitar. Sempre sozinho. Toda vez
que deixar a cela, caminhará
com as pernas presas por algemas de ferro. As mãos atadas.
Os móveis da cela -um banco, uma mesa e a cama- são todos de concreto. Moussaoui poderá assistir TV. Mas num pequeno aparelho que exibe, somente em preto-e-branco, uma
programação de circuito fechado, que inclui aulas de controle
da raiva e serviços religiosos de
diversos credos.
O regime de confinamento é
rigoroso. E é bastante improvável que Moussaoui venha a se
encontrar com algum dos outros
cerca de 400 presos de Florence.
Entre eles estão criminosos como Theorore Kaczynski, o
"Unabomber"; Omar Abdel-Rahman, "o xeque cego" envolvido no primeiro atentado ao
World Trade Center, em 1993, e
Richard Reid, conhecido como o
"homem do sapato-bomba".
Ontem, a França disse que poderia solicitar a extradição de
Moussaoui, mas uma autoridade americana disse que é "extremamente improvável" que o pedido seja aceito.
Com agências internacionais
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