São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009

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Brasil prevê gasto de R$ 141 mi em prevenção

Casos de pacientes suspeitos de gripe A (H1N1) no país chegam a 25; outras 36 pessoas são monitoradas em 16 Estados

Especialista diz ser inviável barrar a entrada do vírus nos aeroportos do país e que a prioridade deve ser centrar o esforço na identificação ágil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO

No dia que os casos suspeitos da gripe A (H1N1) no Brasil subiram para 25, o Ministério da Saúde anunciou o pedido de R$ 141 milhões para, principalmente, ampliar a fiscalização nos portos e fazer campanha sobre a doença. Segundo a pasta, o Ministério do Planejamento está elaborando medida provisória para a liberação.
A maioria dos casos suspeitos continua se concentrando em São Paulo (dez). Também há pacientes com suspeita em Minas Gerais (quatro), Rio de Janeiro (três), Distrito Federal (dois), Tocantins (dois), Goiás (um), Mato Grosso do Sul (um), Paraná (um) e Santa Catarina (um). Além desses, 36 pessoas estão sendo monitoradas em 16 Estados. Não há ninguém em estado grave, de acordo com o Ministério da Saúde.
A confirmação de um caso "não significa risco exagerado para o país, significa que a vigilância está alerta", afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da Opas (braço da OMS na América).
Segundo ele, a grande preocupação hoje, no mundo, é conseguir detectar rapidamente a entrada do vírus num país antes que haja dispersão. "Não há medidas 100% intransponíveis em nenhum aeroporto do mundo, porque as pessoas podem estar chegando num período de incubação do vírus."
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reforçou as equipes nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, como forma de identificar uma possível entrada do vírus.
O Brasil ainda não conseguiu confirmar nenhum caso em laboratório e pode receber kits de diagnóstico do laboratório americano de referência até sexta-feira.
Uma nova leva de kits seria enviada a alguns países ainda na madrugada de hoje.

Morte no Rio
Na madrugada de ontem, uma mulher de 50 anos que retornara no final da semana passada dos EUA, segundo país com o maior número de casos da gripe A (H1N1), morreu no hospital Barra D'or, no Rio.
O resultado do exame que dirá se ela estava com a doença é esperado para hoje, mas o Ministério da Saúde já descartou a hipótese de gripe -informou que a paciente apresentava pneumonia bacteriana.
Em nota, o hospital informou que a paciente deu entrada na unidade no domingo. Ela apresentava febre, dor de cabeça e vômito, mas não tinha outros sintomas característicos da gripe, como tosse, secreção e dificuldade para respirar. Ela morreu com quadro de septicemia (infecção generalizada) grave.
O hospital disse que a morte da paciente foi notificada ao Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado) "por precaução", já que a mulher chegara do Estado americano de Michigan dois dias antes.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o caso não era 1 dos 3 considerados suspeitos no Estado por não preencher os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.


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