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Brasil prevê gasto de R$ 141 mi em prevenção
Casos de pacientes suspeitos de gripe A (H1N1) no país chegam a 25; outras 36 pessoas são monitoradas em 16 Estados
Especialista diz ser inviável barrar a entrada do vírus nos aeroportos do país e que a prioridade deve ser centrar o esforço na identificação ágil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
No dia que os casos suspeitos
da gripe A (H1N1) no Brasil subiram para 25, o Ministério da
Saúde anunciou o pedido de R$
141 milhões para, principalmente, ampliar a fiscalização
nos portos e fazer campanha
sobre a doença. Segundo a pasta, o Ministério do Planejamento está elaborando medida
provisória para a liberação.
A maioria dos casos suspeitos continua se concentrando
em São Paulo (dez). Também
há pacientes com suspeita em
Minas Gerais (quatro), Rio de
Janeiro (três), Distrito Federal
(dois), Tocantins (dois), Goiás
(um), Mato Grosso do Sul (um),
Paraná (um) e Santa Catarina
(um). Além desses, 36 pessoas
estão sendo monitoradas em 16
Estados. Não há ninguém em
estado grave, de acordo com o
Ministério da Saúde.
A confirmação de um caso
"não significa risco exagerado
para o país, significa que a vigilância está alerta", afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de
Vigilância em Saúde e Gestão
de Doenças da Opas (braço da
OMS na América).
Segundo ele, a grande preocupação hoje, no mundo, é conseguir detectar rapidamente a
entrada do vírus num país antes que haja dispersão. "Não há
medidas 100% intransponíveis
em nenhum aeroporto do
mundo, porque as pessoas podem estar chegando num período de incubação do vírus."
A Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) reforçou as equipes nos aeroportos
de Guarulhos e do Galeão, como forma de identificar uma
possível entrada do vírus.
O Brasil ainda não conseguiu
confirmar nenhum caso em laboratório e pode receber kits de
diagnóstico do laboratório
americano de referência até
sexta-feira.
Uma nova leva de kits seria
enviada a alguns países ainda
na madrugada de hoje.
Morte no Rio
Na madrugada de ontem,
uma mulher de 50 anos que retornara no final da semana passada dos EUA, segundo país
com o maior número de casos
da gripe A (H1N1), morreu no
hospital Barra D'or, no Rio.
O resultado do exame que dirá se ela estava com a doença é
esperado para hoje, mas o Ministério da Saúde já descartou a
hipótese de gripe -informou
que a paciente apresentava
pneumonia bacteriana.
Em nota, o hospital informou
que a paciente deu entrada na
unidade no domingo. Ela apresentava febre, dor de cabeça e
vômito, mas não tinha outros
sintomas característicos da gripe, como tosse, secreção e dificuldade para respirar. Ela morreu com quadro de septicemia
(infecção generalizada) grave.
O hospital disse que a morte
da paciente foi notificada ao
Cievs (Centro de Informações
Estratégicas em Vigilância em
Saúde do Estado) "por precaução", já que a mulher chegara
do Estado americano de Michigan dois dias antes.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o caso não era
1 dos 3 considerados suspeitos
no Estado por não preencher os
critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
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