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Marco Aurélio Garcia nega contatos com grupo, mas cita "negociações discretas"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar das declarações da
ex-refém das Farc Ingrid Betancourt, o governo brasileiro
negou ontem contatos com a
guerrilha. Mas, segundo o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco
Aurélio Garcia, houve "muitas
negociações discretas".
O Itamaraty, por meio da assessoria, disse que o governo
brasileiro ofereceu ajuda para
que houvesse a libertação dos
seqüestrados e um diálogo entre as partes. Lembrou, inclusive, que foi oferecido o território
brasileiro para que as negociações ocorressem. Mas, outra
vez, o Itamaraty negou ter contato com o grupo guerrilheiro.
Marco Aurélio, que não quis
fazer ontem novos comentários sobre o tema, dissera na
véspera, em entrevista à TV
Brasil, que o governo brasileiro
não tem relações com as Farc.
Porém afirmou à emissora que
o país sempre interveio nessa
situação quando demandado.
"Fizemos muitas negociações discretas, coisas que são
mais eficazes se fizermos de
forma discreta. Continuaremos tendo iniciativas discretas,
mas tínhamos um problema
fundamental que os franceses
não tinham, os venezuelanos
não tinham... não tínhamos nenhum contato com as Farc. Os
franceses tinham, os venezuelanos tinham. Isso então facilitava muito mais a negociação
por parte destes dois governos
com este grupo guerrilheiro.
Não era o nosso caso", disse ele.
O assessor especial, ainda à
TV Brasil, também disse que o
PT, em "determinados fóruns
multilaterais", conviveu com
organizações de esquerda, inclusive as Farc. Mas que, no entanto, a guerrilha se afastou.
O presidente Lula irá à Colômbia nos dias 19 e 20 para
uma reunião com empresários
e para as comemorações do dia
da independência daquele país,
quando deverá se encontrar
com o presidente Álvaro Uribe.
Lula negou atuação do Brasil
em negociação com as Farc:
"Não é problema para o Brasil
intervir, porque o Brasil respeita a soberania da Colômbia".
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